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OE2019: Meta do défice é atingível? Fomos ouvir o economista João Duque

O ministro das Finanças, Mário Centeno, confirmou que a meta do défice para o próximo ano se situa nos 0,2%, o que significa que é tecnicamente zero. Porém, há riscos.

OE2019: Meta do défice é atingível? Fomos ouvir o economista João Duque

A meta do défice incluída no Orçamento do Estado para o próximo ano (OE2019) aponta para os 0,2%, uma meta que, na opinião do economista João Duque, "pode ser registada, porque pode cortar-se no investimento".

Em declarações ao Notícias ao Minuto, poucos minutos depois de ter sido apresentada a proposta do Orçamento do Estado pela voz do ministro das Finanças, o economista referiu, ainda, que este documento vai "comprometer muita despesa fixa". Isto, porque é um orçamento em que se "aumentam os compromissos com os portugueses, com os trabalhadores". 

Porém, salientou João Duque que estamos numa altura em que começam a emergir vários riscos externos e que podem transformar-se num obstáculo para que sejam atingidas as metas propostas. 

"O crescimento na Europa vai abrandar, os EUA vão aumentar os custos das importações, se abranda a economia europeia, a portuguesa também vai abrandar", indicou o economista. 

Por isso, caso se verifique, por exemplo, uma desaceleração do consumo, ou uma diminuição da receita dos impostos e "se nós não crescermos como está previsto", o "ajuste vai ser feito ao investimento, como, aliás, já foi feito este ano. As previsões apontavam para que o investimento crescesse 40% e está a crescer 16%", enfatizou. 

E os riscos externos?

O problema de todas as economias são os riscos. Neste caso, falamos sobre os externos, porque são os que podem comprometer o crescimento português e as metas orçamentais do ponto de vista macroeconómico. 

"Os principais riscos são externos. A conjuntura externa influencia, e muito, o crescimento português", começou por esclarecer João Duque, dando um exemplo: "Uma retração na procura externa tem logo impacto nas nossas exportações."

Uma condição favorável

No entanto, nem tudo são más notícias e há, inclusive, uma condição externa que poderá ser favorável: Angola, "que melhorará significativamente com o aumento do preço do petróleo", apontou João Duque.  

O que prevê o Governo

Na proposta do OE2019, o Governo estima um crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2,2% no próximo ano, uma taxa de desemprego de 6,3% e uma redução da dívida pública para 118,5% do PIB. O Executivo mantém a estimativa de défice orçamental de 0,2% do PIB no próximo ano e de 0,7% do PIB este ano.

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