"Em 2018, o défice das Administrações Públicas deverá situar-se em 0,7% do PIB, melhorando em 0,4 pontos percentuais a meta definida no Orçamento do Estado para 2018 e alcançando o objetivo inscrito no Programa de Estabilidade para 2018-2022", lê-se no relatório da proposta orçamental hoje conhecida.
Esta estimativa significa a manutenção da previsão que o Governo tinha feito em abril, no Programa de Estabilidade.
A previsão do executivo de um défice orçamental de 0,7% do PIB este ano fica acima da previsão do Conselho das Finanças Públicas (CFP) que, em setembro, considerou que o défice este ano deverá ficar nos 0,5% do PIB.
Então, o ministro das Finanças, Mário Centeno, considerou que o valor apresentado pela entidade liderada por Teodora Cardoso apresentava uma previsão "bastante otimista" na componente das prestações sociais e das pensões.
Segundo explicou o governante, o valor previsto pelo CFP "provavelmente não toma em conta o efeito do pagamento dos duodécimos, que deixou de ser feito ao longo do ano, e será pago apenas em novembro" e será a diferença nessa rubrica que justifica as diferentes estimativas de défice.