Inovação no consumo poderia ter gerado mais mil milhões de PIB
A introdução de inovação no setor do grande consumo em Portugal poderia ter gerado um PIB adicional de 1.000 milhões de euros entre 2013 e 2016, segundo um estudo da consultora KPMG hoje divulgado.
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Economia KPMG
De acordo com os dados da consultora, se a tendência verificada em Espanha tivesse ocorrido em Portugal, poderia ter havido um aumento adicional de receitas para o setor de cerca de 2.000 milhões de euros e um potencial gerador de emprego associado à inovação na ordem dos 26.600 postos de trabalho.
“Apesar do impacto positivo gerado, particularmente em algumas categorias de produto, a inovação não é ainda um ‘driver’ de procura global do setor, em Portugal, de forma distinta do que aparece em Espanha onde, em média, a introdução de uma inovação gera um aumento da procura de aproximadamente 1,4%”, lê-se no documento.
Segundo o estudo “Avaliação do Impacto Económico na Inovação do setor dos ‘Fast Moving Consumer Goods’", em Portugal, 76% das inovações aplicadas no setor em causa falham logo no ano de lançamento.
Por outro lado, a aposta na inovação apresenta riscos ao exigir das marcas do setor um investimento de 4% das suas receitas em novos produtos, bem como o envolvimento de 6% dos seus colaboradores nos processos.
Por produto em que a aposta é maior, os iogurtes (7), os produtos de cabelo (5) e os refrigerantes sem gás (3) são os que apresentam maior número de inovações relevantes.
“Um mercado dinâmico e positivo precisa de inovação contínua, que seja suficientemente disruptiva e capaz de adicionar valor. Há um alargado consenso sobre como a inovação é um fator muito positivo para quem a promove, para os vários elos da cadeia e para o mercado como um todo”, disse, no mesmo comunicado, o presidente da Centromarca, Nuno Fernandes Thomaz.
O responsável defendeu ainda que “um crescimento sustentado do mercado deve assentar numa inovação forte e duradoura, com o objetivo de proporcionar mais escolhas para os consumidores, maior qualidade dos produtos e mais competitividade no mercado”.
Fundada em 1994, a Centromarca reúne 51 associados que detém mais de 1.100 marcas, que em conjunto representam um volume de vendas anual no mercado nacional de cerca de 6.500 milhões de euros.
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