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TAP rejeita críticas de preços "pornográficos" nos voos para a Madeira

O presidente executivo da TAP, Antonoaldo Neves, rejeitou hoje as críticas da prática de preços "pornográficos" nos voos para a ilha da Madeira, acusação feita pelo presidente do Governo Regional, Miguel Albuquerque.

TAP rejeita críticas de preços "pornográficos" nos voos para a Madeira
Notícias ao Minuto

21:20 - 02/10/18 por Lusa

Economia Antonoaldo Neves

Ao falar na Comissão de Inquérito no parlamento regional sobre a política de gestão da companhia em relação à Madeira, Antonoaldo Neves considerou que a utilização do termo "pornográfico" para classificar os preços praticados pela companhia constitui um desrespeito para com os 10.800 trabalhadores da empresa, já que estes "não fazem pornografia".

Antonoaldo Neves reafirmou que os preços praticados pela companhia são "módicos" e que a empresa "não é pública"

"A palavra módica para tarifa está relacionada com o nosso dever como companhia aérea de estimular" a procura, disse, sublinhando que só trabalha com "factos e dados" e garantindo também que a tarifa média da TAP hoje ronda os 100 euros.

O PSD, através do deputado Carlos Rodrigues, realçou, no entanto, que a obrigação do parlamento regional é defender os interesses dos 250 mil habitantes do arquipélago e exibiu dados que apontam para um preço médio de 359 euros por viagem no mês de outubro.

No decurso da audição, que se prolongou por mais de quatro horas, Antonoaldo Neves pediu por duas vezes para que jornalistas, convidados e assistência abandonassem a sala para responder a questões relacionadas com a política de rendimentos da transportadora nesta rota, vincando que tinha sido estabelecido um acordo de confidencialidade sobre essa matéria com os deputados.

No primeiro momento, o presidente da TAP foi confrontado pelo deputado social-democrata Eduardo Jesus com o facto de a empresa ter registado resultados de exploração nas rotas da Madeira e Porto Santo de cerca de 21 milhões de euros entre 2015 e 2017.

Depois, os jornalistas voltaram a abandonar a sala quando o deputado do CDS-PP Lino Abreu indicou que em 2017 a TAP recebeu do Estado mais de 25 milhões de euros referentes ao subsídio de mobilidade.

O presidente executivo da TAP insistiu, várias vezes, que as tarifas para a Madeira são "módicas" e, como exemplo, demonstrou, com recurso a uma pesquisa na Internet projetada em ecrã gigante, que há viagens disponíveis a 78 euros na rota Funchal-Lisboa entre os dias 20 de dezembro de 2018 e 01 de janeiro de 2019.

"Há uma grande confusão sobre os preços da TAP", referiu, sublinhando que não é correta a informação divulgada hoje na imprensa regional de que os preços rondavam os 258 euros.

Ainda em resposta ao PSD, Antonoaldo Neves realçou que a TAP "não é uma empresa pública", mas sim uma "empresa privada".

"Isso é importante que seja entendido, assim como a TAP não tem obrigações de serviço público. E vou repetir: a TAP não tem obrigações de serviço público. Há um regulamento europeu para a prestação de serviços públicos e a Madeira não está inserida nesse regulamento", disse.

O presidente da companhia indicou que, apesar disso, foram disponibilizados mais de 211 mil lugares para a região autónoma e garantiu que a estratégia passa por criar ainda "mais voos, mais pontualidade e mais regularidade", sublimando que o "compromisso da TAP com a Madeira é para sempre".

O PSD considerou, no entanto, que a empresa está a infringir o caderno de encargos, nomeadamente no que toca à obrigatoriedade de "preservar e desenvolver numa base de longo prazo as ligações chave, definidas como as ligações aéreas com as regiões autónomas dos Açores e da Madeira e com os países da União Europeia, o espaço económico europeu, a América Latina, os países lusófonos e demais países da diáspora portuguesa".

Antonoaldo Neves recordou, contudo, a segunda parte desta alínea, na qual é dito que a frequência aérea deve ser "ajustada à necessidade de manter um equilíbrio adequado entre a oferta e a procura dessas ligações", considerando ainda a "possibilidade de descontinuar rotas" que sejam deficitárias ou por motivos "estratégicos e empresariais".

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