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Negociações salariais estão a iniciar-se de "forma errada", avisa CGTP

O líder da CGTP, Arménio Carlos, defendeu hoje que as negociações salariais estão a iniciar-se de "uma forma errada", devido ao anúncio do Governo de aumentos nos salários da função pública sem antes clarificar qual a verba disponível.

Negociações salariais estão a iniciar-se de "forma errada", avisa CGTP
Notícias ao Minuto

14:29 - 02/10/18 por Lusa

Economia Arménio Carlos

"O Governo deve clarificar, apresentando uma proposta suficientemente abrangente que assegure o aumento dos salários para todos. Depois deve chamar os sindicatos e negociar com eles as condições e a forma da aplicação dos montantes que resultarem da negociação, e depois os sindicatos decidirão se devem reforçar o valor dos salários mais baixos relativamente a outros mais elevados", afirmou o sindicalista, à saída de uma reunião com o grupo parlamentar do CDS para apresentar a política reivindicativa para o próximo ano.

Arménio Carlos disse ainda que o processo de negociação está a iniciar-se de forma "algo distorcida" devido ao facto de o primeiro-ministro, António Costa, ter feito afirmações sobre aumentos dos funcionários, numa entrevista à TVI, antes de discutir quais os trabalhadores que podem beneficiar de aumentos de salários.

"Primeiro, [o Governo] tem de dizer o montante que tem disponível para atualizar salários e chamar os sindicatos e negociar com eles", reiterou Arménio Carlos, criticando as declarações sobre aumentos salariais do primeiro-ministro, numa entrevista na segunda-feira à TVI na qual António Costa disse querer concentrar os aumentos nos salários mais baixos da função pública.

Na opinião do líder de CGTP, esta é uma forma de "criar expectativas" de aumento de salários para os funcionários públicos, quando na verdade poderá não haver verba disponível para aumentar todos nos trabalhadores.

"Não é correto entrar num processo de negociação com os sindicatos enquanto sistematicamente se está a passar certo tipo de informação para a comunicação social e se omite às organizações sindicais qual é a disponibilidade total para o aumento de salários na função pública", afirmou.

Naquela entrevista, o primeiro-ministro disse que em janeiro 98% das pensões iam ser atualizadas e defendeu que a margem financeira disponível em 2019 para aumentos de salários na função pública deverá ser concentrada nos vencimentos mais baixos.

"Entendo que teria maior eficácia concentrar a margem financeira que existe em quem mais precisa e onde a diferença é maior do que disseminar de uma forma igualitária por todos, beneficiando todos pouco. Em alguns vencimentos, nos mais altos, essa diferença não fará a diferença", alegou o primeiro-ministro.

Fontes ligadas às negociações orçamentais, em declarações à Lusa, informaram que as propostas iniciais que o Governo apresentou para aumentar os salários da função pública variam entre cinco e 35 euros, dependendo do número de trabalhadores abrangidos.

Os aumentos para os funcionários públicos estão a ser negociados entre o Governo, BE, PCP e PEV no âmbito do Orçamento do Estado para 2019 (OE2019), não existindo ainda uma decisão final sobre a questão.

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