Fecho da pista secundária no aeroporto de Lisboa irá responder à TAP
A ANA - Aeroportos de Portugal informou hoje que o encerramento da pista secundária do aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, permitirá vários investimentos para dar resposta, por exemplo, aos novos aviões da transportadora aérea TAP.
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Economia ANA Aeroportos
Aos deputados da comissão parlamentar de Economia, Inovação e Obras Públicas, o presidente da Comissão Executiva da ANA, Thierry Ligonnière, referiu que o "fecho definitivo" da pista 17/35 é uma decisão do Estado e que um relatório do Eurocontrol garante que a infraestrutura fica com um "nível igual ou melhor" de segurança.
Esse encerramento iria permitir mais posições de estacionamento, negociar com a Força Aérea a recolocação do Aeródromo de Trânsito n.º 1 (AT1, habitualmente designado como base de Figo Maduro) "no outro lado da pista" e fazer estender o terminal 1, disse.
"Estes investimentos podem ser feitos assim que a pista estiver fechada e dar resposta às encomendas de novos aviões que a TAP tem mencionado", afirmou.
O presidente executivo (CEO) referiu ainda que os planos da ANA, até à ampliação da capacidade aeroportuária de Lisboa, passam pela "eficiência operacional" e trabalho com as companhias aéreas, sobretudo com a TAP, dado o seu "peso muito relevante", para "assegura uma melhor pontualidade, que é um garante de qualidade".
O responsável recordou o recente investimento de 11 milhões de euros numa nova zona de 'check in'.
Às questões sobre o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF), alvo de críticas devido a longas filas para verificação de passaportes, o responsável indicou estar declarada a capacidade da ANA em "função das 'boxes' e não das pessoas que estão dentro das 'boxes'".
"O trabalho a realizar é a nível dos operadores que estão dentro das 'boxes', nos momentos certos, mais do que uma questão de infraestrutura", considerou.
Sobre as taxas cobradas, Ligonnière informou que por "razões comerciais" a ANA decidiu fazer a "evolução das taxas abaixo dos seus direitos contratuais". "12% abaixo" do máximo estipulado, precisou.
A audição desta manhã surgiu na sequência de um requerimento do Bloco de Esquerda (BE) sobre a situação da transportadora aérea Ryanair.
O CEO respondeu que a ANA não tem "responsabilidade, nem poder de fiscalização social", e que forneceu os dados solicitados pela Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT), na sequência de várias denúncias de substituição de trabalhadores grevistas.
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