"Continuamos a crescer muito acima do mercado. Estamos a crescer pelos 60%, quando comparado com o primeiro semestre do ano passado, [para 750 ME], quando o mercado cresce à volta dos 20%, o que demonstra a diferença no nosso modelo de negócio", disse à Lusa o presidente executivo da Keller Williams (KW) Portugal, Eduardo Garcia e Costa.

De acordo com o responsável da empresa de mediação imobiliária, a estratégia passa por uma aposta na formação e em concentrar os associados em agências de maior dimensão.

"O nosso modelo de negócio tem criado oportunidades para as pessoas de outras áreas de formação, que acabaram 'estranguladas' pela economia", indicou.

Para Eduardo Garcia e Costa, os concorrentes da KW Portugal nunca foram as outras mediadoras, mas as consultoras, auditoras e grandes empresas que "antes ofereciam oportunidades de carreira numa dimensão que atualmente já não conseguem oferecer".

O líder da KW Portugal considerou ainda que a empresa tem beneficiado de um "ciclo crescente" que tem marcado o mercado imobiliário desde meados de 2013, ressalvando que esta trajetória pode sofrer alterações.

"Que vai haver uma mudança vai. O quando é que nunca ninguém vai saber responder, quando se notar já estamos a passar por isso. Até agora, os indicadores são de crescimento, mas vai haver um dia em que isso muda", sublinhou.

Segundo Eduardo Garcia e Costa, dentro do universo da KW, Portugal ocupa uma posição de destaque, sendo o maior mercado fora dos Estados Unidos, realidade que se explica com a aplicação de "uma abordagem inovadora" que fez a empresa ter sucesso no mercado norte-americano.

"Conseguimos trazer para Portugal as metodologias que levaram à liderança [nos EUA]. Tem a ver com a qualidade dos modelos e sistemas que tornaram esta empresa líder no mercado norte-americano, quando há dez anos nem estava no top cinco", explicou.

Atualmente, a KW Portugal tem cerca de 1.900 associados, distribuídos maioritariamente pela grande Lisboa, grande Porto e Algarve, prevendo aumentar este número para mais de 2.000 até ao final do ano.

"Vamos querer ter uma maior presença em número de agências imobiliárias e vamos aumentar o número de associados. A produtividade média dos nossos associados tem vindo a crescer acima da média do mercado e estamos a atrair pessoas com um perfil diferente", concluiu.