Sindicato considera "erro crasso" TAP dizer que proposta foi aceite
O Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil (SNPVAC) considerou hoje que o presidente executivo da TAP "incorre num erro crasso" ao afirmar que o sindicato aceitou a proposta para um novo Acordo de Empresa (AE).
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Economia Acordo
"O CEO da TAP, quando afirma que o sindicato aceitou a proposta, incorre num erro crasso", afirma o SNPVAC num comunicado, salientando: "Nunca aceitámos o documento como final, nem o assinámos, como afirma o CEO".
O SNPVAC adianta que informou o responsável da TAP, desde o início do processo, de que qualquer documento resultante das negociações careceria da aprovação do sindicato em sede de assembleia-geral, onde os associados deliberariam, e que o curso da negociação não mudou.
A negociação foi dada por encerrada por ambas as partes, quando foi considerado que havia um documento que na globalidade poderia ser apresentado aos associados em assembleia-geral.
"Após o fecho das negociações e perante uma postura de intransigência da TAP e de um imposição temporal da mesma de aprovação do documento para que existisse retroatividade salarial a janeiro, condicionando o livre arbítrio dos associados, algo que não se verificou em nenhuma das restantes classes profissionais da TAP, na defesa dos interesses dos nossos associados somos obrigados a assumir esta posição como forma de garantir que os seus direitos estão acautelados", afirma a direção do sindicato.
Na quinta-feira, o presidente executivo da TAP, Antonoaldo Neves, afirmou existir um "impasse" no processo do novo acordo de empresa com os tripulantes de cabine, porque a direção do sindicato já aceitou o acordo, mas não o sujeitou a votação.
"Chegámos a um acordo. O que eu acho agora é que há um impasse, não no acordo, mas na decisão de o sindicato convocar a assembleia [geral de associados], que é estratégia do sindicato e não posso comentar", explicou, na altura, o CEO aos jornalistas, depois de uma audição parlamentar.
O dirigente garantiu que o AE "está celebrado, foi pactuado, foram feitas cedências", e lembrou que a TAP e a direção do Sindicato Nacional do Pessoal de Voo da Aviação Civil já tinham acordado numa outra versão do documento, que os associados chumbaram em assembleia.
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