TAP garante que não discrimina a Madeira
O presidente executivo (CEO) da TAP, Antonoaldo Neves, recusou hoje que a companhia aérea discrimine a Madeira, como afirmou o deputado social-democrata Paulo Neves, em comissão parlamentar.
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Economia Antonoaldo Neves
Em resposta ao deputado que voltou a dirigir críticas à transportadora aérea, nomeadamente por interrupções na operação e tarifas, o CEO repetiu, por várias vezes, que a "TAP não faz nenhum tipo de discriminação".
Aos deputados, Antonoaldo Neves garantiu que as acusações podem ser contrariadas com factos, como o acréscimo de 11,7% no transporte de passageiros para a região autónoma até agosto, numa comparação homóloga, para mais de 615 mil passageiros.
O CEO sublinhou que as tarifas em rotas do Funchal "estão em linha com as da concorrência" e que até agosto o principal motivo para cancelamentos (65%) foram os ventos.
"A incidência de cancelamentos por motivos não meteorológicos é semelhante na Madeira e nos restantes aeroportos nacionais", um registo de 2,5%, segundo os dados hoje apresentados.
Sobre tarifas, o dirigente garantiu que entre janeiro e agosto 78% das viagens entre Lisboa e Funchal custaram menos 195 euros.
Também do PS, por Carlos Pereira, e do Bloco de Esquerda, por Ernesto Ferraz, surgiram críticas nomeadamente tarifas, apoios aos passageiros e às limitações impostas de velocidade de ventos para aterragem no Funchal.
Em reposta, Antonoaldo Neves insistiu que a transportadora não discrimina a região autónoma, que as "tarifas são menores que antes da privatização" e que o vento é "medido por intensidade".
"Quando o vento passa os nossos limites, a TAP não opera no aeroporto", garantiu o CEO, precisando que os limites de voo para operar passam pelas definições, em primeiro lugar, dos fabricantes dos aparelhos e, em segundo lugar, pelos dirigentes das companhias.
Já a questões do deputado do CDS-PP Helder Amaral, Antonoaldo Neves garantiu que qualquer cancelamento desequilibra as escalas da companhia, por isso "não há cancelamentos por razões comerciais".
"Não só pago compensação ao cliente, como não uso o piloto e tenho de o pagar", referiu o CEO, para argumentar que não cancela propositadamente voos.
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