Vodafone de "porta aberta" a eventuais parcerias
O presidente executivo da Vodafone Portugal, Mário Vaz, disse à Lusa que não prevê "à data de hoje" uma parceria com a Cabovisão, detida pelo grupo Altice, mas destacou que "a porta está aberta" a analisar eventuais parcerias.
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Economia Mário Vaz
"Prever não prevemos à data de hoje [uma parceria com a Cabovisão, detida pela Altice]. Mas este é um mercado sempre muito dinâmico e estamos sempre a estudar possíveis alternativas. Não está nada em cima da mesa neste momento, mas temos sempre a porta aberta para quem quiser falar connosco", disse Mário vaz à agência Lusa, à margem da apresentação da Vodafone Rock ’n’ Roll Meia Maratona de Lisboa, que a operadora patrocina.
Quanto a uma eventual consolidação da Vodafone Portugal com outras empresas, Mário Vaz sublinhou que a estratégia da operadora em Portugal aposta agora no fixo e "passa por alargar a infraestrutura própria, ou por acesso a terceiros, fundamentalmente na área da fibra", sem prejuízo do investimento que está a ser realizado no ADSL, sendo que "o cabo não estava nessa estratégia e não está hoje".
"Dissemos no passado que as maiores sinergias existentes eram entre um operador móvel e a Zon e isso comprovou-se", disse o presidente da Vodafone.
Mário Vaz frisou que a estratégia da Vodafone Portugal "não se alterou em nada" com a fusão da ZON com a Optimus e lembrou que a operadora sempre disputou o mercado com a PT.
"Este é mais um concorrente que tem acesso a mais uma oferta convergente de dimensão. Já tinhamos um, é mais um. O operador convergente atual [PT] vai ser ele próprio afetado pela entrada desse novo operador [ZON Optimus]", afirmou.
Como tal, reforça Mário Vaz, a estratégia da Vodafone Portugal está focada "em oferecer ao cliente aquilo que ele quer", ou seja, novas áreas de negócio onde a operadora tinha uma escala reduzida.
"Passa por manter o serviço móvel diferenciado, conjugado com uma dimensão acrescida na área fixa, com melhor serviço de televisão", através do alargamento da rede, reforçou.
A Vodafone Portugal conta com perto de 500 mil casas cobertas com rede de fibra óptica na Grande Lisboa e no Grande Porto. Para intensificar a aposta na rede fixa, o Grupo Vodafone investiu em Portugal cerca de 100 milhões de euros que têm vindo a ser implementados no terreno e vão continuar de forma progressiva, de modo a aumentar a cobertura da rede de fibra da Vodafone Portugal de 500 mil casas para mais de 1 milhão de casas.
O negócio de MVNO (operador móvel virtual) que tem com a ZON termina em outubro, uma vez que o contrato acaba nesse mês e coincidentemente a ZON não manifestou interesse em continuar.
"O negócio dos operadores virtuais (MVNO) nunca foi para nós um negócio 'core' (central). Os investimentos foram sempre feitos tendo em conta a data do final do contrato, não em função da sua renovação e sem qualquer efeito compensatório", sublinhou.
O gestor frisou ainda que a Vodafone está em Portugal para ficar e que a presença do grupo britânico no país "é uma operação de referência e um exemplo dentro do mundo Vodafone em termos de reconhecimento da marca".
"Se os acionistas não acreditassem em nós e no país, seguramente não viriam para cá com o nível de investimento que estamos a ter", disse, reforçando que "os países do sul têm a situação económica que têm, mas isso não faz com que não haja interresse acrescido em manter uma presença forte nesses mercados, em particular em Portugal".
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