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Importações angolanas dentro da SADC entre 2011 e 2017 constituíram 5,2%

O valor aduaneiro das importações angolanas dos Estados-membros da Comunidade para o Desenvolvimento da África Austral (SADC) representaram de 2011 a 2017 apenas 5,2% do total das aquisições do país no estrangeiro, indicam dados oficiais.

Importações angolanas dentro da SADC entre 2011 e 2017 constituíram 5,2%
Notícias ao Minuto

10:41 - 27/08/18 por Lusa

Economia Dados

Segundo o "Ponto de Situação sobre o Processo de Integração de Angola na Zona de Comércio Livre (ZCL) da SADC", elaborado pelo Ministério do Comércio angolano, no período em referência, o valor aduaneiro das importações angolanas da SADC cifrou-se em 8.568,8 milhões de dólares (7.450,1 milhões de euros), quando o global das aquisições no estrangeiro atingiu 163.707,9 milhões de dólares (142.355,6 milhões de euros).

O documento cita um relatório da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), de 2017, a demonstrar que o comércio dentro da SADC perfaz 10% das trocas comerciais gerais dos países membros da comunidade.

A percentagem é comparada com os níveis de comercialização regional da Associação de Nações do Sudeste Asiático (ASEAN), 24%, e da União Europeia (UE), 40% significando que 90% das trocas comerciais dos países membros da SADC são feitas, maioritariamente, com outras regiões e países.

As importações com origem nos países da SADC variaram, tendo decrescido de 2009 a 2011 e gradualmente aumentado de 2012 a 2016, com as exportações e importações dentro da SADC a representarem, no período em causa, um aumento de 15,2% para 24,9% e de 18,2% para 21,2%, respetivamente.

Em 2016 e 2017, as importações angolanas situaram-se em 17% e as sul-africanas em 45% do total da SADC, com as percentagens individuais dos outros Estados-membros a permaneceram no intervalo entre 1% e 6% do total das importações da região.

O Plano Indicativo Estratégico de Desenvolvimento Regional (RISDP, na sigla ejm inglês), aprovado pela SADC em 2003, previa que 85% do comércio intrarregional de mercadorias atingisse a tarifa zero até 2008, devendo cada Estado-membro manter as suas taxas de importação aplicáveis apenas aos países não membros da ZCL.

Revisto para o período 2015-2020, o RISDP redefiniu quatro prioridades para o processo de integração, nomeadamente o estabelecimento de novos níveis de desenvolvimento industrial e de integração dos mercados, de infraestruturas de apoio à integração regional, de cooperação nas áreas de paz e segurança e programas especiais de dimensão regional.

Em 2016, o desempenho económico da região da SADC foi agravado pela queda do preço das matérias-primas e pelos fatores associados às alterações climáticas (secas e cheias), que contribuíram, em grande medida, para o abrandamento do Produto Interno Bruto (PIB) real.

Dados da OCDE apontam para um crescimento anual médio da região de 1,4% em 2016, comparado com os 2,3% de 2015, bem abaixo da média registada entre 2004 e 2008, que foi de 6,2%.

Já a indústria transformadora, identificada como motor do crescimento, cresceu 2,6% em 2016, contra 1,5% em 2015, representando 11,1% do PIB real da África Austral.

Neste ângulo, os países que registaram as taxas de crescimento mais significativas foram a República Democrática do Congo (RDC), com 8,6%, Tanzânia 7,8% e Angola, com 6,9%.

No relatório, Angola é apontada como a segunda maior economia da região, com uma percentagem crescente de partilha do Produto Interno Bruto (PIB), mas que não atinge 14% do total da região.

Os restantes dados mostram uma relativa estabilidade na partilha percentual do PIB da região, com o facto mais saliente a localizar-se na perda de importância relativa da África do Sul, algo que não tem sido aproveitado por nenhuma economia em particular e deixa transparecer um efeito de distribuição equitativa entre as restantes economias, lê-se no documento.

Segundo o relatório, Tanzânia, Zâmbia e Moçambique apresentaram dinâmicas de crescimento e de transformações estruturais acima da média regional, ainda que muito abaixo da África do Sul e de Angola.

A região austral de África apresentou uma Taxa Global de Investimento de 22,7% em 2016, liderada por Moçambique (média de 35,9%), Zâmbia (31,9%) e Tanzânia (29,2%), enquanto a média de Angola foi de 13%.

A SADC integra atualmente 16 Estados membros, depois da adesão como membro de pleno direito das Comores, aprovada por unanimidade na cimeira deste mês, realizada em Windhoek (Namíbia).

Além de Angola e Moçambique, a SADC congrega África do Sul, Botsuana, Comores, Eswatini (ex-Suazilândia), Lesoto, Madagáscar, Malaui, Maurícias, Namíbia, República Democrática do Congo, Seychelles, Tanzânia, Zâmbia e Zimbabué, constituindo-se como um espaço regional com mais de 327 milhões de habitantes e um PIB nominal de 1.444,7 mil milhões de dólares (1.256,2 mil milhões de euros) em 2016.

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