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Trabalhadores da CGD hoje em greve contra condições de trabalho

Os trabalhadores da Caixa Geral de Depósitos (CGD) estão hoje em greve contra a denúncia do acordo de empresa pela administração, que quer negociar condições menos vantajosas para os funcionários para controlar os custos salariais.

Trabalhadores da CGD hoje em greve contra condições de trabalho

© Global Imagens

Lusa
24/08/2018 06:50 ‧ há 7 anos por Lusa

Economia

Banca

A convocação da greve é feita pelo Sindicato dos Trabalhadores das Empresas do Grupo Caixa Geral de Depósitos (STEC), sindicato independente e o mais representativo do banco público, com milhares de associados, que considerou a denúncia do acordo empresa "uma verdadeira declaração de guerra aos trabalhadores", e pelo Sintaf - Sindicato dos Trabalhadores da Atividade Financeira (ligado à CGTP, pouco representativo).

Já os sindicatos da banca ligados à UGT (agrupados na Febase - Federação do Setor Financeiro) e o Sindicato Nacional dos Quadros e Técnicos Bancários (SNQTB) preferem aguardar pelas negociações.

Contudo, qualquer trabalhador da CGD, sindicalizado ou não, pode aderir ao protesto.

Em final de julho, quando a CGD anunciou lucros de 194 milhões de euros relativos ao primeiro semestre deste ano, a administração do grupo bancário denunciou o acordo de empresa.

Segundo disse à Lusa fonte oficial, a revisão das condições atribuídas aos funcionários é fundamental para "dar sustentabilidade futura à Caixa Geral de Depósitos", considerando que não faz sentido fazer uma reestruturação que passa pela saída de 2.000 trabalhadores, no total, até 2020, e depois "ser confrontado com condições não sustentáveis [da massa salarial] e não compatíveis a prazo".

Ou seja, a CGD quer ter mecanismos para nos próximos anos controlar os custos com os salários dos seus funcionários.

Contudo, não indica as metas de poupança que quer atingir anualmente com a revisão do acordo de empresa.

A mesma fonte indicou que o banco quer mexer nas diuturnidades (compensação monetária por anos de serviço, pagas a cada cinco anos), nas condições de reforma e nos serviços sociais (que garantem cuidados de saúde).

Entre as mudanças que pretende está a eliminação das promoções por antiguidade e das anuidades, alterações ao regime das promoções por mérito e redução do número de categorias profissionais.

Sobre ao crédito à habitação aos trabalhadores (que têm melhores condições do que no mercado), a CGD refere que quer que haja as mesmas cautelas na concessão desses créditos do que no caso dos outros clientes.

Contudo, a grande mudança será estabelecer um montante anual agregado para a concessão desses empréstimos.

Depois da denúncia do acordo de empresa, a CGD e os sindicatos têm 18 meses para negociar um novo texto, devendo as novas regras entrarem em vigor em 2020.

No final de junho o grupo CGD tinha 7.903 empregados em Portugal.

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