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Wall Street fecha em alta com investidores menos nervosos com lira turca
A bolsa nova-iorquina encerrou hoje em alta, com os investidores a regressarem aos investimentos, graças a uma acalmia nos receios ligados à queda da lira turca.
© iStock
Economia Bolsas
Os resultados definitivos da sessão indicam que o seletivo Dow Jones Industrial Average ganhou 0,45%, para os 25.299,92 pontos, terminando assim com a série de quatro sessões consecutivas de perdas.
Da mesma forma, o tecnológico Nasdaq avançou 0,65%, para as 7.870,89 unidades, e o alargado S&P500 apreciou-se 0,64%, para as 2.839,96.
O colapso da lira turca, que a colocou no seu nível histórico mais baixo e o receio do eventual efeito de contágio para outras economias, tinha abalado fortemente os mercados durante as sessões anteriores.
"Mas os investidores provavelmente compreenderam hoje que, fora da Turquia, que possivelmente vai conhecer uma forte recessão, pouco importa o que se passa agora, uma vez que os riscos são limitados", estimou Christopher Low, da FTN Financial.
"Os investidores inquietaram-se particularmente com a exposição dos bancos europeus [à Turquia] e a possibilidade de registarem perdas elevadas, mas estes aparentemente souberam tranquilizá-los", notou o economista.
O setor bancário dos EUA beneficiou com, por exemplo, o JPMorgan Chase a valorizar 0,67%, o Citigroup 1,23% e o Bank of America 1,02%.
Porém, a situação, aos olhos de Low, está longe de estar resolvida, uma vez que "o Banco Central norte-americano [Reserva Federal (Fed)] continua a prever subir as suas taxas de juro, enquanto a Turquia ainda não tomou qualquer medida concreta" neste sentido, o que deve acentuar o recuo da divisa turca em relação à norte-americana.
Além de as tensões com os EUA, que estão na origem da aceleração da queda da moeda turca na semana passada, não parecerem reduzir-se o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, lançou um apelo ao boicote doa aparelhos eletrónicos norte-americanos.
Num mercado que, neste fim de época de divulgação de resultados, desvia as suas atenções dos números trimestrais das empresas para se concentrar nas problemáticas mais macroeconómicas, "a ausência de novas tensões na frente comercial também é considerada uma boa notícia", sublinhou Art Hogan, da B. Riley FBR.
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