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Navigator cai mais de 18% após oposição a taxa

A papeleira Navigator chegou a perder, no início da negociação de hoje, mais de 18%, a maior queda de sempre, depois de ter avançado que vai contestar judicialmente a taxa sobre vendas de papel aplicada pelos EUA.

Navigator cai mais de 18% após oposição a taxa
Notícias ao Minuto

10:58 - 13/08/18 por Lusa

Economia Bolsas

Pelas 10:00 (hora de Lisboa), a Navigator estava a perder 18,20% - a maior queda percentual de sempre, para os 4,08 euros, que é o valor mais baixo desde fevereiro passado.

Cerca de 20 minutos depois, continuava em queda, mas inferior, valendo 4,35 euros por ação (o que representa uma perda de 12,71% face à sessão anterior).

A agência Lusa pediu esclarecimentos à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), mas até ao momento não obteve resposta.

Pela mesma hora, o PSI20, principal índice da bolsa de Lisboa, perdia 1,9% para 5.521,73 pontos -- com a Navigator a liderar as quedas entre as 18 cotadas, todas elas no vermelho.

A Navigator, que se dedica à área do papel, anunciou no sábado que vai contestar judicialmente a taxa aplicada pelos Estados Unidos sobre as suas vendas naquele país, que tem um impacto de milhões de euros nas contas da empresa portuguesa.

Segundo as contas da Navigator, a nova taxa 'antidumping' tem um impacto de cerca de 66 milhões de euros no EBITDA (lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização) e de 45 milhões de euros nos lucros líquidos deste ano.

"Depois de ter sido informada pelas autoridades norte-americanas, em abril deste ano, de que a taxa 'antidumping' provisória a aplicar retroativamente nas vendas de papel para os Estados Unidos, para o período compreendido entre agosto de 2015 e fevereiro de 2017, seria de 0%, foi notificada pelo United States Department of Commerce (Departamento de Comércio dos Estados Unidos da América) que a taxa final sobre vendas realizadas durante esse período seria de 37,34%", explicou a Navigator em comunicado.

Contudo, "a Navigator continua a defender que não existem fundamentos para a aplicação de medidas desta natureza às vendas dos seus produtos nos Estados Unidos e vai recorrer dessa decisão", refere a companhia portuguesa, que está presente naquele país há 18 anos.

Na nota, a empresa explica que o processo em causa teve início em 2015, quando foi determinada uma taxa de depósito provisória de 29,53%, tendo em conta uma avaliação preliminar.

"Na avaliação final, de janeiro de 2016, a taxa foi reduzida para 7,8% pela correção de um erro administrativo, sendo que essa taxa esteve em vigor até à presente data", assinala a empresa.

No recurso que será agora feito nos tribunais norte-americanos, a Navigator vai, também, "interpor uma providência cautelar para impedir a Alfândega dos Estados Unidos de aplicar a nova taxa sobre as importações efetuadas durante o primeiro período de revisão".

Acresce que, enquanto decorre o processo judicial, "a nova taxa será aplicável a todas as importações da sociedade depois da data de publicação da decisão", que deverá ocorrer "dentro de aproximadamente uma semana", pelo que o pedido da impugnação da Navigator "irá também cobrir esta medida", refere a nota.

De acordo com a empresa, verificou-se uma "modificação substancial da taxa anterior".

"E, tendo em consideração que as autoridades norte-americanas não solicitaram informações adicionais nem se verificaram quaisquer alterações de circunstâncias, acreditamos que esta decisão reflete uma mudança intencional dos pressupostos assumidos pelo Departamento de Comércio com o objetivo de aumentar a taxa final sobre vendas de papel Navigator para os Estados Unidos, apesar de a sociedade ter sempre colaborado com as autoridades americanas", reforça a companhia.

A Navigator assegura ainda que "recorrerá a todos os meios processuais disponíveis" para evitar tais encargos, mostrando-se, assim, "convencida que vai conseguir demonstrar perante os tribunais norte-americanos que a taxa acima mencionada para o período em causa é totalmente injustificada e, consequentemente, fazer com que o Departamento de Comércio reverta esta medida administrativa".

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