Banco Mundial vai usar tecnologia das criptomoedas para emitir dívida
O banco central da Austrália foi mandatado para preparar a primeira emissão de dívida recorrendo à tecnologia blockchain. Para muitos esta tecnologia torna os processos mais rápidos e seguros, mas outros receiam que a promoção exagerada da blockchain possa resultar numa bolha.
© Getty Images
Economia Mercado
O Banco Mundial mandatou o Commonwealth Bank of Australia para preparar a primeira emissão de dívida com recurso à tecnologia blockchain, que é habitualmente usada nas criptomoedas como a bitcoin, adianta a CNBC.
O blockchain pode ser visto como um livro de registos que é atualizado sempre que é feita uma nova transação. Como explica a Forbes, isto é conseguido usando a criptografia para ligar os conteúdos de um novo bloco ao bloco anterior a esse, daí o nome ‘corrente de blocos’.
A ‘obrigação canguru’ (o nome dado às obrigações estrangeiras emitidas na Austrália em moeda local) recebeu a designação de bond-i, que representa Blockchain Offered New Debt Instrument, mas que serve igualmente como referência à celebre praia de Bondi em Sydney.
“A Blockchain tem o potencial para otimizar os processos entre os vários agentes e intermediários do mercado de dívida. Isto pode ajudar a simplificar os aumentos de capital e a transação de ativos, melhorar as eficiências operacionais e reforçar a supervisão regulatória”, pode ler-se num comunicado conjunto do Banco Mundial e do banco central australiano.
Quando for lançada a dívida, será emitida e distribuída numa plataforma blockchain do Banco Mundial e do CBA. O Banco Mundial já referiu que o interesse dos investidores nesta operação tem sido bastante grande.
Os defensores da tecnologia blockchain salientam a maior rapidez e segurança nos processos. No entanto, não faltam vozes importantes que criticam a promoção exagerada desta tecnologia. É o caso do economista Nouriel Roubini, mas também de Steve Wozniak, co-fundador da Apple, que teme que essa promoção resulte posteriormente numa bolha.
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