No ano passado foram 24,1 milhões os hóspedes que se alojaram em Portugal
Os dados foram divulgados, esta sexta-feira, pelo Instituto Nacional de Estatística.
© Pixabay
Economia INE
No ano passado, o alojamento turístico em Portugal registou 24,1 milhões de hóspedes e 65,8 milhões de dormidas. Estes números traduzem um aumento da procura turística por Portugal: no primeiro caso a subida foi de 11,1% e no segundo foi de 11,6%, quando comparado com o ano de 2016.
De acordo com os dados divulgados hoje pelo Instituto Nacional de Estatística, os “proveitos evidenciaram crescimentos significativos e ligeira aceleração, com os totais a aumentar 18,6% (após +18,1% em 2016) e os de aposento a subir 20,9% (+19,2% no ano precedente)”.
Os mesmos dados mostram que os hotéis nacionais registaram 19,8 milhões de hóspedes (mais 10,1%) e 55,7 milhões de dormidas (mais 8,4%).
Quanto à origem dos hóspedes, o INE refere ainda que as dormidas dos residentes desaceleraram, embora tenham sido de 15 milhões. Já a dos não residentes aumentaram para 40,7 milhões, tendo sido, contudo, um crescimento inferior registado em 2016.
“O rendimento médio por quarto disponível na hotelaria foi 51,7 euros (+15,8%), tendo os proveitos totais e de aposento aumentado 17,7% e 19,6%, respetivamente. Relativamente à procura turística dos residentes, realizaram-se 21,2 milhões de viagens turísticas em 2017, o que se traduziu num aumento de 5,0% (+5,4% em 2016). As viagens de lazer, recreio ou férias representaram 45,2% do total, ultrapassando o número de deslocações para visita a familiares e amigos (44,0%)”, remata o documento do INE.
Com base no Inquérito à Permanência de Hóspedes na Hotelaria e outros alojamentos (IPHH), a 31 de julho de 2017, estavam em atividade 5.840 estabelecimentos de alojamento turístico, uma oferta de 175,1 mil quartos e 402,8 mil camas.
Comparando com o ano anterior, o número de estabelecimentos aumentou 21,5%, o de quartos 5,2% e o de camas 5,8%.
A oferta de alojamento local em funcionamento, segundo o INE, traduziu-se em 2.663 estabelecimentos em julho de 2017, que disponibilizaram 66,6 mil camas.
Estes alojamentos, receberam durante o ano passado, 3,4 milhões de hóspedes (+28,8% na comparação homóloga) e 8 milhões de dormidas (+26,7%). A estada média foi 2,35 noites (-1,6%) e a taxa líquida de ocupação-cama situou-se em 37,2% (+2,4 p.p.).
Já a hotelaria (hotéis, hotéis-apartamentos, pousadas e quintas da Madeira, aldeamentos turísticos e apartamentos turísticos) representou 77,7% da capacidade de alojamento (camas), 82,1% dos hóspedes e 84,6% das dormidas.
Este segmento totalizava 1.758 estabelecimentos e 313 mil camas em julho de 2017 (respetivamente +5,3% e +3,5%, na comparação homóloga).
A hotelaria viu o número de hóspedes crescer 10,1%, num total de 19,8 milhões de hóspedes, enquanto as dormidas subiram 8,4% para 55,7 milhões.
A estada média na hotelaria foi 2,82 noites e reduziu-se 1,5%. A taxa líquida de ocupação-cama na hotelaria foi 52,9% (+2,7 p.p.).
Os hotéis asseguraram 71,5% das dormidas na hotelaria no ano passado.
Em julho de 2017, o turismo rural/de habitação contabilizava uma oferta de 1.419 estabelecimentos em funcionamento e 23,2 mil camas disponíveis.
Neste segmento, o número de hóspedes, no ano passado, foi de 794,7 mil em 2017 (+18,8%) e as dormidas 1,7 milhões (+17,0%), com as estadas a serem em média de 2,14 noites e a taxa de ocupação-cama 23,8%.
Quanto a parques de campismo, em julho do ano passado, estavam contabilizados 230 locais, com uma área disponível de 1,33 mil hectares e capacidade de alojamento para 188 mil campistas.
Em 2017, os parques de campismo receberam 1,9 milhões de campistas (+3,2%), que proporcionaram 6,6 milhões de dormidas (-0,5%), verificando-se assim uma interrupção do crescimento anterior (+11,6% e +14,4%, respetivamente, em 2016).
Em julho do ano passado, estavam em atividade 85 colónias de férias e pousadas da juventude, com uma oferta de 9,9 mil camas, repartidas por quartos (61,1%) e camaratas (38,9%), que proporcionaram 696,1 mil dormidas (+1,1%).
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