Pilotos da Ryanair na Alemanha aprovam greves caso não haja negociação
Os pilotos da Ryanair com base na Alemanha decidiram hoje que vão avançar com greves, caso a companhia aérea não garanta aumentos salariais e melhores condições de trabalho.
© Lusa
Economia Vereinigung Cockpit
Segundo a EFE, o sindicato alemão Vereinigung Cockpit (VC) anunciou que 96% dos seus filiados aprovaram a realização de greves e acrescentou que foi dado à companhia um prazo, até 6 de agosto, para dar resposta ao caderno reivindicativo.
Apesar de não ter adiantado uma data para a realização da primeira greve, o sindicato revelou que a mesma será anunciada com 24 horas de antecedência.
Na semana passada, os tripulantes de cabine da Ryanair em Portugal, Espanha, Itália e Bélgica estiveram em greve, que levou ao cancelamento de centenas de voos.
Por sua vez, na Irlanda os pilotos anunciaram, em 25 de julho, a realização de 24 horas de greve no dia 3 de agosto, a quarta paralisação no país desde 12 de julho.
Em 16 de julho, na informação enviada a propósito dos resultados do primeiro trimestre fiscal, a transportadora irlandesa de baixo custo referiu que, "se estas greves desnecessárias continuarem a danificar a confiança do cliente e os futuros preços/rendimentos em determinados mercados", será então revista a operação de inverno (entre outubro e março)".
"Pode levar a reduções de frota em bases perturbadas e à perda de empregos em mercados onde os funcionários concorrentes estão a interferir nas negociações com os nossos funcionários e com os nossos sindicatos. Não podemos permitir que os voos dos nossos clientes sejam interrompidos desnecessariamente por uma pequena minoria de pilotos", segundo a mesma nota.
A Ryanair anunciou ter registado um lucro de 319 milhões de euros no seu primeiro trimestre fiscal (até 30 de junho), numa diminuição de 20%, na comparação homóloga.
Na mesma informação, a companhia aérea irlandesa notou ter implementado uma "série de iniciativas para tornar a Ryanair mais atrativa para pilotos e tripulantes de cabine", como aumentos salariais, transferências para bases preferidas, investimentos em formação e reconhecimento de sindicatos.
A companhia referiu esperar mais "greves durante o período de pico do verão", mas que não irá aceitar "exigências não razoáveis que comprometam quer os preços baixos, quer o modelo altamente eficiente".
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