Segundo a Autoridade da Mobilidade e dos Transportes (AMT), os portos comerciais do continente movimentaram cerca de 29,8 milhões de toneladas de carga nos primeiros quatro meses do ano, um movimento de menos 3,2 milhões de toneladas (-9,8%) em termos homólogos.

Já o movimento durante apenas o mês de abril, que totalizou 7,8 milhões de toneladas, recua 6,8% face ao homólogo, mas cresce 8,8% face ao mês anterior.

A AMT justifica esta quebra com "o pico" verificado no movimento de carga em contentores no Porto de Sines que ocorreu nos primeiros quatro meses de 2017 "e que ainda hoje representa o mais elevado de sempre observado nos períodos de quatro meses consecutivos flutuantes", sendo que é com base neste valor que se efetua a comparação do período em análise.

Além disso, "é determinante" a influência do Porto de Sines, que registou uma quebra de 18%, reflexo da diminuição do tráfego de carga em contentores, dos produtos petrolíferos e do carvão, com quedas de 22,2%, 15,5% e 26%, respetivamente.

Leixões e Aveiro foram os únicos portos que registaram crescimentos (de 0,4% e de 8,7%, respetivamente), atingindo assim "as melhores marcas de sempre".

Os restantes portos tiveram um desempenho negativo, perdendo, no seu conjunto, 131 mil toneladas.

Além da carga em contentores, que representou 53,4% do total de carga perdida em termos homólogos, também os produtos petrolíferos e o carvão assinalaram variações negativas, de 8,5% e 25,2%, respetivamente.

O Porto de Sines vê a sua quota de mercado diminuir para cerca de 50% do sistema portuário do continente, perdendo 5 pontos percentuais da quota registada no período homólogo de 2017.

Leixões é o porto que mais ganha em termos percentuais, crescendo 2,1 pontos percentuais e passando agora a ocupar 20,9% do mercado portuário.

A carga embarcada, que inclui a carga de exportação, atingiu nos primeiros quatro meses do ano um volume de 12,1 milhões de toneladas, menos 10,9% face ao período homólogo de 2017.

A AMT destaca as subidas dos portos de Viana do Castelo e da Figueira da Foz, respetivamente, de 1,1% e de 12,4%, embora com "expressão absoluta pouco significativa dadas as respetivas dimensões".

Sines, Setúbal, Lisboa e Aveiro registaram quebras de 17%, 8,8%, 5% e 13,9%, respetivamente.