Bancos africanos dão 950 milhões para operações de factoring
O Banco Africano de Desenvolvimento (BAD) e o Banco Africano de Exportações e Importações (Afreximbank) assinaram um acordo de 950 milhões de dólares para apoiar o investimento com recurso a operações financeiras de factoring.
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Economia Acordo
"O investimento serve para financiar a constituição de músculo financeiro, identificar um conjunto de empresas de factoring que estão a crescer no continente, oferecer consultoria e desenvolver uma plataforma de conhecimento sustentável que apoie este instrumento financeiro no continente", disse o BAD, que é o promotor da iniciativa.
O factoring é uma operação financeira em que o vendedor do produto ou financiador do investimento vende o montante das receitas que espera receber a uma outra entidade, fazendo um desconto para compensar o risco e a segurança no pagamento.
O Fundo para a Assistência ao Setor Privado (FAPA, no original em inglês), que começa com 500 milhões e irá avançar até aos 950 milhões, faz parte da estratégia dos High 5s do BAD, que são a Integração, Alimentação, Energia, Industrialização e Melhoria das condições de vida em África.
"Dado o impacto do factoring em vários setores no apoio a negócios na agricultura, manufatura, telecomunicações e geração de energia, faz todo o sentido esta parceria com o Afreximbank que é consistente com as nossas prioridades estratégicas consubstanciadas nos High 5s", disse o diretor do BAD na Nigéria, Ebrima Faal.
O FAPA é um fundo de investimento de vários doadores que disponibiliza subsídios para atividades de assistência técnica a entidades públicas e privadas sedeadas em África, usando os recursos para promover programas inovadores que apoiem espeficiamente o desenvolvimento de pequenas e médias empresas (PME) africanas.
O Afreximbank, cujos Encontros Anuais decorreram até sábado em Abuja, a capital da Nigéria, é um banco de apoio ao comércio, exportações e importações em África e foi criado em Abuja, 1993. Tem um capital de 11,9 mil milhões de dólares e está sedeado no Cairo.
Os acionistas são entidades públicas e privadas divididas em quatro classes e dele fazem parte governos africanos, bancos centrais, instituições regionais e sub-regionais, investidores privados, instituições financeiras, agências de crédito às exportações e investidores privados, para além de instituições financeiras não africanas e de investidores em nome individual.
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