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Acordo de livre comércio resultará mas é preciso "gerir expectativas"

O consultor guineense Paulo Gomes alertou hoje para a necessidade de gerir as grandes expectativas sobre a Zona de Livre Comércio Africana (CFTA, na sigla em inglês), defendendo mais trabalho sobre a aplicação do acordo.

Acordo de livre comércio resultará mas é preciso "gerir expectativas"
Notícias ao Minuto

08:20 - 13/07/18 por Lusa

Economia Paulo Gomes

"O acordo vai resultar mas temos de gerir as expectativas porque essas grandes iniciativas têm o aspeto negativo de criar expectativas exageradas, porque nalgumas áreas o acordo não vai ter impacto, mas noutras terá um impacto muito significativo, e temos de trabalhar mais nos próximos tempos sobre a implementação do acordo", disse Paulo Gomes.

Em entrevista à Lusa no seguimento da participação nos Encontros Anuais do Banco Africano de Exportações e Importações (Afreximbank), que decorrem em Abuja até sábado, o presidente da consultora Paulo Gomes & Partners vincou que "os países africanos não vão estar todos no mesmo nível de aceleração", mas destacou que "não faz mal, porque quando há 50 países, nem todos podem ser motivados a avançar com a mesma velocidade".

A CFTA permitirá criar o maior mercado do mundo, uma vez que deverá abranger os 55 Estados-membros da UA, com um Produto Interno Bruto (PIB) acumulado de 2,5 biliões de dólares (cerca de 2 biliões de euros).

Para o antigo candidato presidencial às eleições de 2015 na Guiné-Bissau, "é preciso identificar os países que querem avançar, identificar os instrumentos que vão ser aplicados e os mecanismos de implementação" e evitar o erro do modelo de criação da União Africana.

"Não se pode ir no mesmo tipo de burocracia que caracterizou a UA para implementar uma iniciativa desta natureza, que é única porque ninguém fez isto no mundo, pelo menos com esta dimensão", salientou.

O Afreximbank, cujos Encontros Anuais decorrem até sábado em Abuja, a capital da Nigéria, é um banco de apoio ao comércio, exportações e importações em África e foi criado em Abuja, 1993. Tem um capital de 5 mil milhões de dólares e está sedeado no Cairo.

Os acionistas são entidades públicas e privadas divididas em quatro classes e dele fazem parte governos africanos, bancos centrais, instituições regionais e sub regionais, investidores privados, instituições financeiras, agências de crédito às exportações e investidores privados, para além de instituições financeiras não africanas e de investidores em nome individual.

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