BP apoia fim do adicional ao imposto sobre combustíveis
A BP Portugal apoiou hoje o fim do adicional ao Imposto Sobre os Produtos Petrolíferos (ISP), que está em discussão na Assembleia da República, considerando que a redução no preço, com essa retirada, possibilita o aumento da procura.
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"Naturalmente, isso seria uma boa opção porque iria aliviar o esforço do consumidor final em seis cêntimos por litro, que foi aquilo que o Governo aumentou há uns tempos", disse à agência Lusa, o presidente da BP Portugal, Pedro Oliveira.
Falando à margem da apresentação do estudo BP Statistical Review of World Energy 2018, em Lisboa, o responsável apontou que "um preço mais baixo implica maior procura, não maior margem, mas maior procura".
O Governo socialista introduziu em 2016 o denominado adicional sobre a gasolina e o gasóleo, quando os preços do petróleo, que, entretanto, foram aumentando, atingiram níveis historicamente baixos, nomeadamente o barril de Brent.
Pedro Oliveira notou que, "quando o imposto aumentou seis cêntimos, o crude estava muito baixo e não teve um impacto relevante".
Contudo, "quando começámos a atingir níveis de crude como o atual, estes seis cêntimos já começam a fazer uma diferença significativa", acrescentou.
De acordo com o presidente da BP Portugal, o aumento da carga fiscal "é prejudicial para o negócio", uma vez que "encarece o produto e destrói procura".
Ainda assim, apesar de reconhecer este peso dos impostos no preço dos combustíveis, Pedro Oliveira desvalorizou a situação, por este ser "um tema recorrente".
"É evidente que isso encarece o produto, todos gostaríamos que os impostos fossem mais baixos. Tenho pena que a carga fiscal seja mais elevada nos combustíveis, mas é nos combustíveis como é em tantas outras áreas", assinalou.
Em junho passado, o parlamento aprovou na generalidade um projeto de resolução do CDS-PP que prevê o fim do adicional ao ISP, com os votos favoráveis do CDS-PP, PSD e PAN, voto contra do PS e a abstenção do PCP, BE e PEV.
Os projetos de resolução não têm força de lei e servem, na maioria das vezes, para fazer recomendações ao Governo, como é este caso.
Esta votação não implica a entrada em vigor da lei. Depois da votação na generalidade, segue-se o trabalho na especialidade, na comissão de Orçamento, Finanças e Modernização Administrativa, antes de voltar da votação final global no plenário da Assembleia da República.
Apontando que a BP tem investido cerca de 10 a 15 milhões de euros por ano em Portugal, Pedro Oliveira adiantou que a empresa está a remodelar alguns postos existentes no país, que já rondam os 450, não existindo previsão para a abertura de novos espaços.
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