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Projetos para apoiar comércio tradicional "são claramente insuficientes"

Os projetos de apoio aos estabelecimentos históricos são necessários para "preservar o conceito de comércio tradicional português, mas "têm critérios muito específicos" e são "claramente insuficientes", disse à agência Lusa o especialista em urbanismo comercial João Barreta.

Projetos para apoiar comércio tradicional "são claramente insuficientes"
Notícias ao Minuto

16:00 - 06/07/18 por Lusa

Economia Especialista

"A maioria das lojas têm muita dificuldade em aceder a esse tipo de classificação [de estabelecimentos históricos] e aos benefícios que resultam daí", referiu João Barreta, acrescentando que os critérios são "algo exigentes para estabelecimentos que tentem obter essa classificação".

O especialista - licenciado em Organização e Gestão de Empresas e mestre em Gestão do Território, com vários trabalhos publicados -- explicou à Lusa que o comércio tradicional está a desaparecer das cidades portuguesas e que "é necessária a criação de um mecanismo de preservação destes estabelecimentos [históricos], que têm memória na cidade".

João Barreta vincou que há lojas que "estão praticamente a fechar, como as drogarias na Baixa" de Lisboa e que é preciso "preservar o conceito de comércio tradicional português", considerado que os projetos de apoio a este tipo de estabelecimento "são claramente insuficientes, com exceção [dos programas] das 'Lojas Históricas de Lisboa'" ou do programa 'Lojas com Tradição', no Porto.

Atualmente, o programa 'Lojas Históricas de Lisboa' contempla 81 estabelecimentos, considerados como "marca diferenciadora de cidade e, simultaneamente, atividade económica geradora de emprego", e que exigem "a articulação de diferentes e complementares medidas, no âmbito de uma estratégia que ligue" o planeamento urbano e elementos arquitetónicos, património cultural e atividades económicas, dá conta a informação disponível na página do projeto.

"É um dos poucos resquícios da história das nossas cidades", frisou.

O especialista contou ainda que está a concorrer a um projeto para o Orçamento Participativo (OP) de Portugal de 2018, para que o comércio tradicional seja "preservado, para mostrar às gerações mais novas".

O arquivo de estabelecimentos históricos "seria uma amostra daquilo que é o comércio mais emblemático", referiu, elencando que "a ideia era ter o comércio a funcionar".

"Ter o alfaiate a trabalhar, como se fazia antigamente", explicitou, adiantando que o acervo seria a aglomeração de diversas lojas de comércio tradicional.

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