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Évora desiste de vender terreno para construção de centro comercial

A Câmara de Évora desistiu de vender um terreno, situado junto ao centro histórico da cidade, para a construção de um centro comercial, seguindo uma recomendação da assembleia municipal, revelou hoje o presidente do município (CDU).

Évora desiste de vender terreno para construção de centro comercial
Notícias ao Minuto

12:15 - 05/07/18 por Lusa

Economia Autarquia

"Não havendo consenso, a CDU não avançará com a proposta de reabertura do concurso para a venda do terreno para o empreendimento comercial", afirmou à agência Lusa o presidente da Câmara de Évora, o comunista Carlos Pinto de Sá.

Em 2016, o município tentou vender o terreno, situado junto às Portas de Avis, para o mesmo fim, mas o concurso público ficou deserto, tendo o tema voltado a ser debatido em junho deste ano, depois de a gestão CDU ter feito alterações no caderno de encargos.

As alterações acabaram por não ser votadas em reunião pública de câmara, porque os vereadores da oposição PS e PSD levantaram questões e dúvidas, explicou, na altura, o autarca, indicando que o projeto só avançaria se houvesse "um amplo consenso".

Na mais recente reunião da assembleia municipal, o Bloco de Esquerda apresentou uma recomendação a pedir a suspensão imediata de todas as iniciativas para a possível cedência dos terrenos para a construção de um centro comercial, que foi aprovada por maioria.

"Há uma recomendação da assembleia municipal e, naturalmente, nós vamos seguir a recomendação", sublinhou o presidente do município, lembrando que a CDU já tinha dito que o projeto "deveria merecer um amplo consenso da população, instituições e forças políticas".

Pinto de Sá defendeu que se tratava de "um projeto estruturante" e, por se localizar junto ao centro histórico, só avançaria se houvesse um "amplo consenso" para "evitar que, à volta de algo tão importante, se criasse uma luta política sem necessidade".

O autarca notou que não foi a CDU que propôs a construção de um centro comercial junto às Portas de Avis e atribuiu essa responsabilidade ao "PS com o beneplácito do PSD" quando, na anterior gestão socialista, foi alterado o plano de urbanização.

"Mas, agora, parecia-nos que, existindo essa opção no plano de urbanização e a possibilidade de um promotor construir um centro comercial, era preferível garantir essa ligação com o centro histórico", realçou.

Lançado em fevereiro de 2016, o concurso público destinado à venda do terreno, com 28.500 metros quadrados, terminou em julho do mesmo ano, sem que tenha sido apresentada qualquer oferta.

Na altura, para alienação, em propriedade plena, o terreno tinha um valor base de 4,4 milhões de euros, enquanto a sua aquisição em direito de superfície ao longo de vários anos podia atingir os 32 milhões de euros.

O processo de venda do terreno foi despoletado pelo interesse na sua compra por parte de um grupo de empresas para a construção de um novo empreendimento comercial.

Em novembro do ano passado, abriu, entretanto, o primeiro centro comercial da cidade, o Évora Praza, com 77 lojas de várias áreas de negócio, incluindo um supermercado e uma zona de restauração, além de cinco salas de cinema e quiosques.

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