Processo dos trabalhadores precários não está no "bom caminho"
O secretário-geral da CGTP, Arménio Carlos disse hoje à Lusa que o processo sobre o vínculo laboral para os trabalhadores precários a nível nacional não está a caminhar no bom sentido e acusou o Governo de fugir ao assunto.
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Economia CGTP
"O Governo aparentemente manifestou disponibilidade para resolver um problema que envolve mais de 100 mil trabalhadores. Entretanto, fez uma seleção e até agora só se disponibiliza a resolver o problema de 11 mil trabalhadores. Portanto, este não é um processo que está a caminhar no bom sentido", disse Arménio Carlos.
O secretário-geral da CGTP disse ainda que a central sindical vai continuar a pressionar e a insistir junto do Governo porque, afirmou, "quando se mexe num problema da dimensão e da natureza" do processo dos trabalhadores precários "não se pode ficar apenas com 'slogans'" e deixar o essencial na mesma.
"É um processo 'faz-de-conta' em que se resolve o problema de alguns para deixar sem solução o problema da esmagadora maioria. A CGTP não está de acordo. Nós continuamos a defender que a um posto de trabalho permanente deve corresponder um vínculo efetivo", frisou.
Segundo Arménio Carlos, a "questão dos precários" vai ser um dos pontos "da ordem do dia" na convocação da concentração que se vai realizar no dia 06 de julho frente à Assembleia da República, em Lisboa.
"Uma concentração contra as alterações gravosas da Legislação do Trabalho, nomeadamente do Código do Trabalho, mas também contra as posições que o Governo tem assumido em relação aos trabalhadores da Administração Pública, quer no que diz respeito às questões da precariedade, quer no que diz respeito à falta de contagem do tempo de serviço para outras classes profissionais, como professores, funcionários judiciais ou trabalhadores da segurança", afirmou.
Arménio Carlos participou hoje de manhã no piquete de greve dos trabalhadores do setor da saúde frente ao Hospital de Santa Maria, em Lisboa.
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