Mario Draghi minimiza receios sobre Itália
O presidente do Banco Central Europeu (BCE) relativizou hoje o risco político associado à chegada de um Governo eurocético a Itália e negou qualquer "conspiração" para uma subida dos juros da dívida italiana.
© Reuters
Economia Banco Central
A zona euro tem 19 países e "não devemos dramatizar demasiado as mudanças políticas" após cada eleição nacional, declarou Mario Draghi numa conferência de imprensa em Riga, onde teve lugar a reunião do BCE.
Draghi respondia a uma pergunta sobre o risco de pressão sobre os juros da dívida atingir outros países da zona euro, após a turbulência causada em Itália na sequência da chegada ao poder de um Governo eurocético, composto por populistas e pela extrema-direita.
"O que é importante é que os pontos de vista sejam discutidos no âmbito dos tratados (europeus) existentes", acrescentou Draghi.
O economista italiano que preside ao BCE refutou também as críticas da imprensa italiana que acusaram a instituição de ter comprado menos títulos de dívida do país em maio, favorecendo uma subida dos juros.
O BCE comprou nesse mês mais obrigações italianas do que em março e em janeiro, "não houve qualquer conspiração", respondeu.
Entre março de 2015, quando entrou em vigor o programa de compra de ativos e maio de 2018, o BCE e os bancos centrais nacionais compraram cerca de 1,8 biliões de euros em obrigações soberanas, dos quais 345 mil milhões de dívida italiana.
O BCE antecipou hoje que tenciona terminar este programa no final de dezembro, a não ser que haja um imprevisto.
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