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População contra fecho de balcão da CGD que vai "matar" Pedras Salgadas

Cerca de 200 pessoas manifestaram-se hoje, em Pedras Salgadas, contra o encerramento do balcão da Caixa Geral de Depósitos (CGD) que consideram que vai "matar" esta vila do concelho de Vila Pouca de Aguiar, distrito de Vila Real.

População contra fecho de balcão da CGD que vai "matar" Pedras Salgadas
Notícias ao Minuto

12:49 - 07/06/18 por Lusa

Economia Banca

Os populares juntaram-se em frente a CGD, o único banco que existe nesta vila e que serve sete freguesias e cerca de 5.000 pessoas.

Enquanto a população protestava no exterior da agência, o presidente da Câmara de Vila Pouca de Aguiar, Alberto Machado, reuniu-se com responsáveis regionais pelo banco e, à saída, confirmou os receios.

"Não são boas notícias (...). Comunicaram-nos que, no fim deste mês, esta agência poderá encerrar", afirmou o autarca.

Alberto Machado referiu que a este balcão "dá lucro" e está instalado num edifício pertencente ao banco público.

"A agência dá lucro e vai encerrar. Então perguntamos qual o critério para fechar. E foi-nos apontado como único critério o geográfico", referiu.

A justificação, adiantou, é que o balcão de Vila Pouca de Aguar fica "a 10 quilómetros".

O autarca criticou a "hipocrisia dos políticos" que nuns dias "defendem o Interior" e em "outros resolvem fechar serviços nesse mesmo Interior".

"Este é o país do faz de conta. Faz de conta que há políticas para o Interior, faz de conta que há recapitalização fechando o que dá lucro", sublinhou.

Alberto Machado disse temer que o fecho da Caixa vá "matar a vila".

A comerciante Maria Cardoso improvisou um cartaz onde escreveu "STOP!!! É assim que querem reabilitar o Interior do nosso país!!! Vergonhoso..." e fez questão se de juntar ao protesto porque considera que, se a Caixa fechar, o negócio se vai ressentir.

"Se nos tiram esta Caixa, é péssimo para nós", sublinhou.

Emília Oliveira, que possui um supermercado, disse que faz muita diferença não haver um banco na localidade.

"Os idosos vêm aqui levantar as reformas e depois, se tiverem que ir para Vila Pouca de Aguiar, fazem lá as compras e nós os comerciantes podemos fechar as portas", acrescentou.

Maria Araújo dez questão de vir lutar para que "não fechem" a CGD porque "faz muita falta".

"Se nos tirarem a Caixa, a Guarda (os Correios já nos tiraram também), o que é depois vai ser das Pedras? Toda a gente tem aqui o dinheiro e depois para onde vai? É impossível esta Caixa fechar, o que nos vale é isto", salientou esta idosa.

Nesta localidade, a população diz temer o encerramento de mais serviços, nomeadamente do sub-posto da GNR.

Licínio Gonçalves, residente na vila, fez questão de recordar que esta Caixa serve sete freguesias, ficando a mais distante a 14 quilómetros.

"Para se deslocarem à sede de concelho, as pessoas têm que andar ainda mais 10 quilómetros. Este balcão é rentável. Por que nos tiram este bem essencial para a população?", frisou.

O presidente Alberto Machado disse que Pedras Salgadas tem uma zona industrial anexa, com mais de 30 empresas, com 17 empresas de extração e transformação de granito, e indicou ainda os 30 comércios e empresas localizados só na vila.

Lembrou ainda empresa de águas termais e o parque termal e turístico existente que atrai muitos turistas ao território.

Neste balcão da Caixa trabalham quatro pessoas que, segundo Alberto Machado, serão deslocadas para agências de proximidade.

O autarca garantiu que tudo irá fazer para reverter a decisão de encerrar a CGD e disse que já solicitou audiências à administração da CGD e ao Governo no sentido de tentar travar a decisão de fecho.

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