Vodafone vai fazer investimento "expressivo" em rede 5G
A operadora de telecomunicações Vodafone informou hoje que tenciona fazer um investimento "expressivo" para preparar a quinta geração móvel (5G), desde logo com a criação de um laboratório de inovação, mas só estima comercializar em 2020.
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"É uma evolução natural do 4G e do 4.5G e nesse contexto [...] o que acontece agora de diferente para o futuro, e já está a acontecer este ano, é que parte expressiva desse investimento é já no sentido de preparar investimento para o futuro", disse o presidente da Vodafone, Mário Vaz.
Falando na sede da empresa, em Lisboa, na apresentação do laboratório de inovação para a quinta geração móvel, o responsável indicou que o que vai acontecer é que "grande parte do investimento [...] em rede passa a ser para 5G", o que leva, "naturalmente, a um investimento acrescido".
Porém, "ainda não é altura" de o quantificar, segundo Mário Vaz, para quem é antes altura de "preparar tudo na rede".
Como exemplo, Mário Vaz apontou o reforço que será feito com antenas aptas à rede 5G já no festival de música Rock in Rio, que decorre em junho em Lisboa.
Questionado pelos jornalistas sobre o facto de ainda não estar definida como será feita a atribuição do espetro para essa rede, o responsável disse que ainda não é "necessário" haver preocupação.
"A preocupação primeira é preparamo-nos enquanto país para o 5G e conseguirmos, em Portugal, ter casos reais de tirar partido e valor do 5G. Isso é que é essencial, porque depois as coisas vão acontecer no seu tempo", insistiu.
Falando num "calendário razoável", Mário Vaz reconheceu que a comercialização do 5G "não vai acontecer antes de 2020".
"Até lá, naturalmente que o regulador [a Autoridade Nacional de Comunicações - Anacom] tem de fazer o seu trabalho e já começou a fazê-lo, já lançou consulta sobre componente das frequências", adiantou.
"Temos é de nos preparar para o 5G, o 5G não pode acontecer por determinação", concluiu Mário Vaz.
Presente na ocasião, o secretário de Estado das Infraestruturas, Guilherme W. d'Oliveira Martins, afirmou aos jornalistas que ainda não existe uma data para a definição da forma de atribuição do espetro.
"Temos até 2020 para o fazer. A Anacom já fez a consulta pública, estamos a aguardar os resultados e quando tivermos os resultados com certeza tomaremos as decisões", afirmou ainda o governante.
Segundo o que foi acordado pela Comissão Europeia, pelo menos uma cidade por país deve ter a rede 5G em funcionamento em 2020.
Em Portugal, isso também ainda não está definido, de acordo com Guilherme W. d'Oliveira Martins.
O centro de inovação hoje apresentado pela Vodafone, o 5G Hub, ficará localizado na sede da empresa e visa reunir no mesmo espaço parceiros ligados ao setor das telecomunicações, empresas, universidades, investigadores e 'startups' para analisar o desenvolvimento da rede 5G.
No encontro, foi ainda anunciada uma parceria estratégica entre a Vodafone e a Ericsson, tanto para a promoção da rede 5G, como para o apoio neste laboratório de inovação.
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