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Anarec alerta para custos por mais informação na fatura dos combustíveis

A Associação Nacional de Revendedores de Combustíveis (Anarec) alertou hoje para os custos que estas empresas terão com a introdução de informação detalhada na fatura dos combustíveis, estimando também um prazo mínimo de adaptação de seis meses.

Anarec alerta para custos por mais informação na fatura dos combustíveis
Notícias ao Minuto

16:44 - 24/05/18 por Lusa

Economia Empresas

"Ainda estamos a avaliar esses custos, [mas] quanto mais informação trouxer, mais custos terá para as nossas empresas", que são essencialmente de pequena e média dimensão, disse à agência Lusa o presidente da Anarec, Francisco Albuquerque.

Falando após uma audição da associação no parlamento, no âmbito do grupo de trabalho sobre a área da Energia, o responsável notou que também a introdução de informação demais faz com que se perca o "propósito inicial, que é o de esclarecer o cliente final".

Para Francisco Albuquerque, a "fatura detalhada ideal" seria a que traria "expresso o valor do ISP [Imposto Sobre os Produtos Petrolíferos]", além de discriminar o Imposto sobre o Valor Acrescentado (IVA), como já hoje acontece.

"Relativamente a outras taxas ou de outros itens que alguns grupos parlamentares gostariam de ver incluídos, nós não achamos bem porque perde o propósito inicial que é o de esclarecer o público", notou o responsável, ressalvando, ainda assim, que a Anarec está a estudar esta fórmula e não tem esse processo "concluído nem fechado".

Esta associação pretende que "venha bem explicado sobre quanto é que o cliente final paga, não só de IVA, mas também de ISP", argumentando que esta medida "poderá contribuir para uma maior consciencialização do público em geral sobre qual é o peso da carga fiscal no preço final dos combustíveis".

"Achamos nós que o facto de o preço estar tão elevado neste momento se deve à elevada carga fiscal e, nesse sentido, achamos há muito tempo que a fatura detalhada é algo muito positivo", reforçou o presidente daquela estrutura.

Questionado pela Lusa sobre prazos para a adaptação das gasolineiras, o responsável da Anarec apontou que, "seguramente [será] muito mais de seis meses".

"É alterar os 'back-offices' e uma série de sistemas", enumerou.

Em causa estão projetos de lei apresentados pelo CDS-PP e pelo PS para, respetivamente, "aumentar a transparência fiscal dos combustíveis por via de uma informação mais detalhada aos consumidores" e "reforçar o dever de informação do comercializador ao consumidor de energia", documentos que foram aprovados na generalidade em fevereiro passado e estão agora a ser apreciados na especialidade.

O projeto de lei do PS aplica-se à energia elétrica, gás natural, gases de petróleo liquefeito (GPL) e combustíveis, enquanto o do CDS-PP aplica-se ao gasóleo e gasolina.

Enquanto o CDS pretende que os consumidores saibam, detalhadamente, quanto daquilo que pagam em gasóleo e gasolina é absorvido pelo Imposto Sobre os Produtos Petrolíferos, os socialistas alargam o detalhe da informação transmitida aos consumidores a outras matérias.

Por exemplo, a fatura deve discriminar a "contribuição de cada fonte de energia para o total de energia elétrica fornecida no período e as emissões totais de dióxido de carbono associadas à produção da energia elétrica faturada" e incluir a "distribuição do consumo médio de energia pelos dias da semana e horas do dia".

A fatura deve incluir informação que permita ao consumidor, em cada momento, conhecer a sua situação contratual, propõe também o PS no seu projeto de lei.

Mais de metade do preço de venda dos combustíveis em Portugal resulta de taxas e de impostos, sendo o ISP o que representa a maior fatia do valor pago pelos consumidores.

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