Associação do calçado assina declaração em defesa do comércio livre
Representantes de associações de calçado dos cinco continentes assinaram no Porto uma declaração conjunta defendendo um "comércio global livre, justo e equilibrado" e o combate a "todas as práticas que distorcem a concorrência".
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Economia Mundial
Segundo divulgou hoje a Associação Portuguesa dos Industriais do Calçado, Componentes e Artigos de Pele e Seus Sucedâneos (APICCAPS), este "acordo histórico" foi assinado durante o terceiro Fórum Internacional de Calçado, realizado por ocasião do 20.º Congresso da União Internacional dos Técnicos da Indústria de Calçado (UITIC), que decorreu na semana passada no Porto.
"Para a APICCAPS, tendo em linha de conta que a indústria portuguesa de calçado exporta 95% da sua produção, para 152 países, nos cinco continentes, esta declaração conjunta de defesa do comércio livre, justo e equilibrado é de extrema relevância", sendo que "importa ainda combater todas as práticas que distorcem a concorrência".
Esta terceira edição do Fórum Internacional de Calçado -- criado em 2015 pela Confederação da Indústria do Calçado e que funciona como "uma plataforma de troca de informação, promoção de iniciativas comuns e debate de desafios emergentes no setor - teve como tema central o "Comércio Internacional" e culminou numa declaração conjunta relativamente às "crescentes medidas protecionistas adotadas em todo o mundo nos últimos anos".
Segundo os subscritores, "o protecionismo reduz o consumo, o investimento e as oportunidades de emprego, consequentemente reduzindo a competitividade e o crescimento das empresas de calçado".
Neste sentido, as associações signatárias "demonstram firmemente a sua oposição em relação a qualquer tipo de barreira tarifária ou não tarifária" e reclamam "que os decisores políticos promovam condições de equidade e um mercado global livre e aberto, sem 'dumping' ou práticas de contrafação".
No documento é ainda assumido o compromisso de apoiar o cumprimento deste objetivo através da partilha de informação e da transmissão desta posição aos respetivos governos nacionais.
"No médio-longo prazo os regimes protecionistas apenas contribuem para fragilizar as respetivas empresas. Numa economia e sociedade globais em rápido desenvolvimento, dirigidas pelos consumidores, as associações nacionais e os decisores políticos devem antes trabalhar em iniciativas conjuntas para garantir que as empresas beneficiam das oportunidades comerciais de um mercado livre e aberto", sustenta o presidente da Confederação da Indústria do Calçado, Cleto Sagripanti, citado no comunicado.
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