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Sindicato vai fazer queixa por "substituições ilegais" em greve no Lidl

O Sindicato dos Trabalhadores do Comércio, Escritórios e Serviços (CESP) disse hoje que vai apresentar uma queixa à Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT) por alegadas "substituições ilegais" de trabalhadores em greve nos supermercados Lidl.

Sindicato vai fazer queixa por "substituições ilegais" em greve no Lidl
Notícias ao Minuto

21:37 - 01/05/18 por Lusa

Economia CESP

"No Lidl, algumas lojas só abriram devido a uma forma que vamos denunciar à ACT, em que foram chamados trabalhadores que estavam em dias de descanso", afirmou à agência Lusa Isabel Camarinha, dirigente do CESP.

Fazendo um balanço da greve de hoje no setor da distribuição, a responsável acrescentou que a estrutura sindical "vai denunciar essas situações, de substituições ilegais, porque eles [empresa] não podem fazê-lo".

Isabel Camarinha precisou que isso aconteceu em lojas Lidl no Algarve, nomeadamente em Faro.

A agência Lusa questionou a empresa sobre esta situação, mas ainda não obteve uma resposta.

Os trabalhadores do setor da grande distribuição comemoram hoje o 1.º de Maio em greve, para defender aumentos salariais e melhores condições de trabalho.

Questionada pela Lusa, a Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), cujas associadas empregam cerca de 120 mil trabalhadores, indicou que a greve teve "um impacto residual".

Isabel Camarinha fez um balanço "muito positivo" da greve, falando na adesão de "milhares de trabalhadores das empresas de distribuição, hipermercados e armazéns".

"Houve muitas lojas fechadas das cadeias Minipreço e Lidl e uma grande participação nas manifestações da Confederação Geral dos Trabalhadores Portugueses (CGTP)", indicou.

A dirigente do CESP apontou que, relativamente ao Minipreço, "perto de 30 lojas fecharam em Lisboa", além de outras "dezenas que fecharam no país".

"Foram as lojas mais pequenas, nas quais é mais difícil as empresas recorrerem aos métodos que normalmente recorrem, que é pôr chefias a substituir os trabalhadores em greve", explicou à Lusa.

Além de lojas encerradas, Isabel Camarinha destacou que "muitas das lojas [de supermercados] que não fecharam tiveram um horário diferente, ou abriram mais tarde ou fecharam mais cedo, porque não tinham gente suficiente".

A paralisação estendeu-se aos armazéns destas cadeias de supermercados, nos quais "também houve grande adesão".

Por exemplo, "no Lidl, houve uma grande adesão nos quatro entrepostos [centros logísticos], o que dificultará o abastecimento das lojas nos próximos dias", estimou Isabel Camarinha.

Nos últimos anos, o CESP tem emitido sempre um pré-aviso de greve para 01 de maio, para permitir aos trabalhadores do setor a comemoração do Dia do Trabalhador, data para a qual reivindicam o direito ao gozo deste feriado celebrado internacionalmente.

Este ano, a paralisação culmina uma série de ações de luta no setor da distribuição, que incluiu greve, concentrações e plenários dos trabalhadores do grupo Sonae, do Pingo Doce, Aucham, Aldi, Lidl, Minipreço e Fnac.

Na base do conflito está a falta de resposta das empresas de distribuição ao caderno reivindicativo apresentado pelos representantes dos trabalhadores, que prevê, nomeadamente, aumentos salariais para todos os funcionários e o fim da desregulação dos horários de trabalho.

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