Jorge Jesus esteve na flash interview da Sport TV onde fez a análise da passagem do Sporting à final da Taça de Portugal, isto depois de ter eliminado o FC Porto nas grandes penalidades. 

Sentimento: Duas grandes equipas que durante os 120 minutos quiseram ganhar. Um pouco mais a equipa do Sporting, porque o FC Porto tinha a vantagem e, na primeira parte, quis ganhar algum tempo, com muita falta, muito tempo para repor a bola em jogo. Coisas que normalmente quem procura defender um resultado faz. Os jogadores do Sporting foram muito inteligentes. Disse-lhes que não era importante marcar na primeira, era importante marca primeiro. Estávamos muito confiantes no prolongamento e nos penáltis. Estes jogadores merecem ir à final. Não imaginam o esforço que esta equipa está a fazer ao jogar de 3 em 3 dias. Quando disse que o FC Porto fez um joguinho, não foi um joguinho em termos de exibição, foi um jogo. Agora ia fazer o segundo jogo. Nós não. Andamos a fazer 6, 7, 8 joguinhos em que não temos tempo para descansar. Ainda assim, hoje no prolongamento não se notou grande diferença, porque esta equipa tem um coração muito grande, quer vencer títulos. Vamos para a segunda final. Vencemos a primeira, agora queremos estar no Jamor, é uma festa. Agora temos jogo contra o Boavista. Tenho muitos jogadores em sobrecarga, como Gelson, Mathieu. O Bruno Fernandes está cansado, o Acuña… É muito jogo. Fizemos hoje 55 jogos. Vamos fazer 60 jogos. Nunca nenhuma equipa em Portugal fez isto. Faz-se porque tiveste em todas as competições para discutir até ao fim. Só saímos da Liga Europa nos quartos-de-final. Agora temos o campeonato, mais quatro jogos para discutir o primeiro lugar.

Sporting favorito na final: Nas finais não há favoritos. Qualquer equipa que vai à final é para ganhar. Foi uma sensação muito boa, estar na final. Mas a partir de hoje acabou. Vamos estar focados no jogo com o Boavista, temos que vencer estes quatro jogos para disputar uma Champions.

Vitórias nos desempates por penáltis: É treino, é trabalho. Dizem que os penáltis é uma lotaria, mas para mim é treino. Podes ter mais ou menos sorte, mas é muito trabalho durante o ano todo.

O que significa voltar ao Jamor: Diz-me muito, não desportiva, mas sentimentalmente. Sempre foi uma competição em que me habituei a estar fora. É um espetáculo bonito para que as famílias se juntem. Vencer pelo Sporting: Praticamente vamos discutir todas as frentes e só consegue ganhar quem discute até ao fim. Podemos não ganhar, mas é o princípio de ganhar. Já ganhámos uma, vamos estar noutra final.

Chave da eliminatória: A inteligência dos jogadores do Sporting. Nunca se precipitaram. Era importante marcar primeiro, porque igualávamos a eliminatória e qualquer equipa poderia ganhar. Taticamente, nunca perdi a cabeça. Sabia que podia arrisca, pensei até lançar Bas Dost, Doumbia e Montero. Mas treinamos muito isto.