POUPANÇA NO MINUTO
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"Se fosse dirigente do Sporting, sentia-me envergonhado"
Gilberto Coimbra acusa João Capela de "humilhar o Tondela".
© Global Imagens
Desporto Gilberto Coimbra
Ao contrário do que é habitual, foi o presidente Gilberto Coimbra, e não o treinador Pepa, a comparecer na conferência de imprensa que se seguiu à derrota do Tondela na receção ao Sporting, fruto de um golo de Sebastián Coates oito minutos depois dos 90.
O dirigente máximo dos beirões justificou a decisão com o estado de “alteração” em que o técnico se encontrava e dirigiu duras críticas à arbitragem de João Capela, que, na sua opinião, constitui “um dia infeliz para o futebol”.
Gilberto Coimbra lembra que “o jogo parou aos 93m41 e foi reatado aos 96m08”, devido a uma entrada sobre Bruno Monteiro em que “nem sequer falta foi assinalada”, pelo considerou incompreensível a decisão do árbitro em prolongar o jogo até aos “98m01”, quando surgiu o golo leonino.
“O Tondela tem os pés assentes no lugar que ocupa no futebol, sabe que não é um clube comparável com Sporting, Benfica ou FC Porto, mas é um clube de uma humildade de tamanho maior a qualquer um deles. Não pode de maneira nenhuma um senhor vir para aqui e fazer isto que fez, humilhar o Tondela. Quase que me apetece dizer que muda aos cinco e acaba aos dez. Enquanto o décimo golo não for marcado, o jogo não acaba”, atirou, revelando “um sururu com dez, 15, 20 dirigentes do Sporting”, que “invadiram o túnel de acesso aos balneários”.
“Nem tinham razão. Já tive oportunidade de dizer a alguns dirigentes do Sporting se não sentiam vergonha de terem ganho o jogo da forma que ganharam. Eu, se fosse dirigente do Sporting, sentia-me envergonhado. Depois, o senhor Jorge Jesus… É isto que cai mal ao futebol português. Não posso omitir esta situação. O senhor Jorge Jesus teve oportunidade de dizer que o Mathieu é bem expulso, que nem compreende como um jogador daqueles tem aquela atitude”, referiu, passando, então, a criticar Bruno Mascarenhas.
“Espero que a Liga e os delegados tenham isso em atenção, insurgi-me contra ele, com toda a educação. Eu, como dirigente do Sporting, tinha vergonha de estar a fazer queixinhas à Liga, a dizer que um jogador seu é mal expulso por uma falta que o meu jogador simula. Por amor de Deus, o seu treinador disse que não admitia aquelas atitudes… O senhor está a fazer queixinhas dos adeptos que se insurgiram contra o Sporting…”, rematou.
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