Esta quinta-feira, o Sporting estreou-se na presente edição da Liga Europa com um triunfo importante no Cazaquistão. Os leões venceram o Astana por 1-3, num jogo em que os homens de Jorge Jesus chegaram a estar em desvantagem no marcador.
Foi notório um leão bipolar nestes 90 minutos. Na primeira parte, houve um Sporting passivo e cansado, sendo que no segundo tempo foi completamente… o oposto. A equipa demonstrou fome de golo e vontade de vencer o duelo.
Os leões entraram em campo com ‘dois handicaps’ (o facto de jogar num sintético e ter feito uma das mais longas viagens da história do futebol) que podiam tramar a equipa de Jorge Jesus.
Nos primeiros minutos de jogo, foi visível algum cansaço acumulado - da viagem e do próprio calendário apertado dos leões – e, consequente, passividade dos leões, o que permitiu à equipa da casa mostrar o seu ar de graça.
Apostando numa pressão alta, o Astana impediu que o Sporting conseguisse sair do seu setor defensivo com qualidade e aos 6 minutos de jogo… Tomasov inaugurou o marcador e levou o estádio ao rubro. Estava feito o golo mais rápido do emblema cazaque nas competições europeias.
Depois do golo consentido, soaram os alarmes para os leões, mas, ao contrário do que se esperava do Sporting, o conjunto orientado por Jesus não conseguiu subir de rendimento e manteve-se bastante passivo.
O único jogador que tentou ir à procura do prejuízo foi Gelson Martins. Através do seu particular estilo de ‘futebol de rua’, o internacional português fintava um, fintava dois mas o golo não aparecia. O extremo formado em Alcochete bem tentou, mas a lentidão do setor intermédio não ajudou.
Depois de ter destacado Gelson Martins, é necessário focar em Bryan Ruiz e Fábio Coentrão. O emblema do Cazaquistão aproximou-se de forma alarmante da baliza de Rui patrício com bastante facilidade, explorando o flanco esquerdo – onde se encontravam os dois jogadores leoninos referidos anteriormente.
O português emprestado pelo Real Madrid demonstrou cansaço e muita desatenção na hora de terminar uma jogada de perigo dos cazaques. Muitas das vezes saía no ataque e esquecia-se de recuar no terreno, sendo que André Pinto era obrigado a ocupar o seu lugar na defesa – ou seja, a equipa ficava descompensada no setor defensivo.
Quanto a Bryan Ruiz, o jogador oriundo da Costa Rica teve dificuldades em tomar as melhores decisões na hora de passar o esférico e, para além disso, esteve muito lento nas movimentações ofensivas.
No primeiro tempo, mesmo com as fragilidades demonstradas, o Sporting esteve perto do golo, aliás, chegou mesmo agitar as redes da baliza contrária, mas o tento de Doumbia foi anulado pela equipa de arbitragem por suposto fora-de-jogo.
Todavia, na segunda parte os leões entraram de cara lavada e marcaram três golos em apenas… 10 minutos. Primeiro, através de um lance de grande penalidade, Bruno Fernandes fez o primeiro do Sporting. Passados apenas três minutos, através de uma bela jogada individual de Acuña, Gelson Martins fez a reviravolta no marcador.
Mas, numa altura em que se esperava que o Sporting tirasse o pé do acelerador, Doumbia - novamente com ajuda de Marcos Acuña – voltou a encontrar o caminho do golo. Estava feito o terceiro para o emblema verde e branco.
A partir do momento que os leões estiveram em vantagem no marcador, a equipa passou a liderar todos os momentos do encontro, chegando a«mesmo a estar perto do quarto tento.
Com este resultado, o Sporting sai do Cazaquistão com uma vantagem confortável para a segunda mão dos 16-avos-de-final da Liga Europa, a realizar-se no Estádio de Alvalade no próximo dia 22 de fevereiro.
Momento do jogo: O primeiro golo de Bruno Fernandes permitiu os leões 'acordarem' para o jogo e fazerem a reviravolta no marcador.
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Onze do Sporting: Rui Patrício, Piccini, Coates, André Pinto, Coentrão; William, Bruno Fernandes, Gelson, Acuña, Bryan Ruiz e Doumbia.
Onze do Astana: Nenad Eric; Igor Shitov, Yuri Logvinenko, Marin Anicic e Dmitri Shoko; Abzal Beysebekov; Patrick Twumasi, Ivan Maevski, Laszlo Kleinheisler e MArin Tomasov; Djordje Despotovic.