Orlando Sá: o 'escritor' de capítulos dourados
Internacional português do Standard Liège garantiu a presença na quinta final da Taça em... cinco países diferentes.
© Standard Liège
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Depois do estatuto de verdadeiro 'globetrotter' do futebol mundial, Orlando Sá está a revelar agora uma notável tendência para os tão aclamados jogos das decisões. O Standard Liège afastou o Club Brugge nas meias-finais da Taça da Bélgica, garantiu a presença na grande discussão da prova e permitiu ao internacional português alcançar um feito, no mínimo, muito pouco habitual. Aos 29 anos, o avançado conseguiu alcançar a quinta final de taça em... cinco países diferentes.
"Tem um sabor especial porque poderá ser o meu primeiro título ao serviço do Standard Liège e pela importância de, em caso de vitória, dar acesso direto a fase grupos da Europa", admitiu o jogador à conversa com o Desporto ao Minuto. No currículo, Orlando Sá soma já duas conquistas: a primeira ainda em Portugal, ao serviço do FC Porto, na época 2009/10, diante do Desp. Chaves (2-1), e a segunda na Polónia, com a camisola do Légia Varsóvia, em 2014/15, curiosamente pelo mesmo resultado, perante o Lech Poznan. As restantes duas finais não se revelaram tão felizes. Em Chipre, pelo AEL Limassol, e em Israel, com as cores do Maccabi Telaviv, o ponta-de-lança acabou por sair derrotado.
Agora, à quinta, na Bélgica, Orlando Sá só pensa em rechear ainda mais o palmarés e, para isso, conta com uma equipa rejuvenescida pelos últimos resultados. "O mercado de janeiro foi importantíssimo para nós. Existe mais competitividade, entrega e qualidade no plantel, isso reflete-se na qualidade do treino. Agora, mais que nunca, o treinador tem pedido entrega, compromisso e rigor tático no limite das nossas capacidades. A equipa está cada vez mais consistente e é gratificante perceber que o nosso trabalho está a dar frutos", explicou o atacante, considerando que muito do mérito pertence ao técnico Ricardo Sá Pinto: "Tem um papel preponderante! Conseguiu criar um espírito de grupo muito forte, tem uma relação próxima com os jogadores e mesmo nas adversidades manteve o grupo unido."
Como o... vinho do Porto
Nos seis países em que já jogou - Portugal, Inglaterra, Chipre, Polónia, Israel e Bélgica -, Orlando Sá evidenciou uma característica comum: os golos. Com todas as camisolas, o avançado revelou-se uma autêntica dor de cabeça para as defesas contrárias, mas os ares de Liège parecem ter inspirado ainda mais o camisola 70'. Depois de na época de estreia ter estabelecido um novo recorde de golos na carreira (20), superando o anterior registo alcançado no Légia Varsóvia (14), o português segue embalado para voltar a fazer história e soma já 11 quando ainda faltam muitos jogos até ao final da época.
Um rendimento em ascensão a fazer lembrar... o vinho do Porto. "Cada vez melhor? Os avançados vivem de golos... E a minha carreira foi feita de golos. O meu foco é atingir os objetivos coletivos e, se possível, a conseguir a superação pessoal", frisou, entre risos, confessando: "Mas a comparação com o vinho do Porto é engraçada e faz sentido."
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