Resumo: O FC Porto voltou a não ser feliz em Moreira de Cónegos. Na última deslocação ao Parque Joaquim Almeida de Freitas, em maio de 2017, o dragão saiu derrotado, desta feita não foi além de um nulo. Uma igualdade que deixa o dragão com a liderança à mercê do Sporting, uma vez que se a formação de Jorge Jesus vencer, esta quarta-feira, diante do Vitória de Guimarães somará 50 pontos, mais um ponto que os azuis.

Dragão teve uma saída tardia do covil

O FC Porto entrou em campo com uma cara nova. Sérgio Conceição lançou Paulinho, com o médio brasileiro a ocupar o corredor direito e muitas das vezes a deslocar-se para a posição 10, ocupando zonas interiores e abrindo espaços, na ala, para Ricardo Pereira.

Galvanizado pelo empate do Benfica no Restelo, a primeira ameaça pertenceu a Felipe, com o central brasileiro a colocar à prova as mãos do compatriota Jhonatan. O defesa dos dragões que voltou a estar em destaque, à passagem do minuto 18, com um corte providencial a Arsénio, evitando apuros maiores para a baliza de José Sá.

Bola cá, bola lá. Foi a vez de aparecer o novo menino de Sérgio Conceição com Paulinho a conduzir a bola em slalom e a entregar para Aboubakar, com o camaronense a rematar para o fundo das redes... do lado de fora.

O Moreirense apresentou equilíbrio no campo, sempre bem posicionado defensivamente, em resposta a um FC Porto que ostentava pouca mobilidade nos seus médios, sobretudo quando se movimentavam em campo sem bola.

Foi preciso esperar pelos dez minutos finais da primeira parte para ver o dragão sair do covil e imprimir a quinta na ‘caixa de velocidades’. Nove minutos bastaram para os pupilos de Sérgio Conceição criarem quatro oportunidades flagrantes para inaugurar o marcador: aos 36’ por Paulinho, aos 41’ foi a vez de Brahimi, aos 44’ em dose dupla, primeiro Marega e depois Óliver.

Mas a carta não chegou a Garcia

E a segunda parte começou com mais uma oportunidade, uma senhora oportunidade: Alex Telles bateu um livre de forma exímia, para grande defesa de Jhonatan contra os ferros, na recarga Felipe atacou a bola de cabeça, para um corte do outro mundo de Rúben Lima. Um corte que valeu um golo.

Mas o FC Porto apresentou bastantes dificuldades em fazer ruturas a um adversário muito bem posicionado em campo. Daí que fosse preciso injetar sangue novo em campo… e quem se lembrou Sérgio Conceição de chamar? Soares.

Longe das polémicas que ocorreram na meia-final da Taça da Liga, diante do Sporting, após ser substituído por Sérgio Conceição, esta terça-feira o avançado brasileiro esteve à beira de ter uma entrada digna de cinema: Brahimi cruzou para Soares que, de costas para a baliza, cabeceou por cima.

E Soares não se fez rogado e, ao minuto 75, esteve muito perto de levar a carta a Garcia. Mas o golo não chegou… na verdade a bola ainda fez balançar as redes de Jhonatan, por intermédio de Waris, mas a bandeirola subiu, e bem, porque o avançado do FC Porto estava claramente em posição irregular.

Um jogo em que o Moreirense terminou reduzido a dez, na sequência de uma entrada duríssima de Boubacar que viu o segundo cartão amarelo nesse lance.

Momento do jogo: Foram várias as oportunidades para o FC Porto conseguir desatar o nó, a mais flagrante ao minuto 51’: Alex Telles bateu um livre de forma exímia, para grande defesa de Jhonatan contra os ferros, na recarga Felipe atacou a bola de cabeça, para um corte do outro mundo de Rúben Lima. Um corte que valeu um golo.

Onze do Moreirense: Jhonatan, Rúben Lima, Belkeroui, Abarhoun, Pierre Sagna, Arsénio, Alfa, Boubacar, Aouacheria, Edno e Tozé

Onze do FC Porto: José Sá, Ricardo, Felipe, Reyes, Alex Telles, Herrera, Óliver, Paulinho, Brahimi, Marega e Aboubakar