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Marco Ferreira aponta o dedo ao VAR do Clássico: "Devia ter intervido"

Marco Ferreira criticou a atuação de Artur Soares Dias no clássico entre Sporting e FC Porto, da meia-final da Taça da Liga, onde o juiz desempenhou a função de vídeoárbitro.

Marco Ferreira aponta o dedo ao VAR do Clássico: "Devia ter intervido"
Notícias ao Minuto

08:15 - 27/01/18 por Andreia Brites Dias

Desporto Taça da Liga

Artur Soares Dias foi vídeoárbitro no duelo entre Sporting e FC Porto, relativamente às meias-finais da Taça da Liga. Entre lances e polémicas, em declarações ao Desporto ao Minuto, Marco Ferreira considerou que o juiz português não teve uma "atuação feliz" na partida. Uma situação que "preocupa" o antigo árbitro.

"O VAR tem de agir e intervir nas situações que estão protocoladas e isso não aconteceu, infelizmente, no jogo. Isso preocupa-me, porque no VAR estava o árbitro que vai marcar presença no Mundial naquela função", começou por dizer.

"Para além disso, é um representante da arbitragem portuguesa e do futebol português. Verificamos que não teve, naquele jogo, uma atuação feliz. Vemos ali situações onde devia ter intervido e não o fez."

"Foi vendida a ideia de que o VAR resolveria todos os problemas"

O antigo juiz aproveitou ainda para comentar a atuação do vídeoárbitro desde o início da temporada, alertando para o facto de estar a ser "exigido demasiado", garantindo que esta tecnologia não é a solução para "todos os problemas da arbitragem".

"Se pedirmos mais intervenções do VAR, acho que só vamos confundir e complicar mais a aplicação da tecnologia. Se, muitas vezes, já não conseguem respeitar o protocolo que está estipulado e já não conseguem punir e valorizar a verdade desportiva, em lances que têm de intervir, acho que colocar maior responsabilidade é desvirtuar o que inicialmente é o objetivo do VAR. Estamos a exigir demasiado do VAR e isso acontece porque, na altura em que foi implementada a tecnologia, foi vendida a ideia de que iria ser a solução para todos os problemas da arbitragem. O que não é verdade", salientou.

"Os erros vão continuar a acontecer. O que nós queremos é que os erros graves, que têm influência direta no resultado e que não respeitam a verdade desportiva, sejam evitados. Mas acho, na próxima época, com a experiência pioneira que Portugal teve a coragem de fazer, vamos ter um VAR mais afinado, um protocolo mais coerente e intervenções mais concisas e com decisões mais corretas", terminou.

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