Janeiro é sinónimo de muitas movimentações no mercado de transferências. No que ao futebol português diz respeito, o Sporting tem sido o clube mais ativo nesta janela de transferências, gastando, até ao momento, 9,5 milhões de euros. 

Em contraponto, o FC Porto continua muito pouco ativo no mercado. Os dragões, nesta temporada, contrataram apenas Vaná (1 milhão de euros) e formalizaram a obrigação de compra sobre Óliver Torres, que se encontrava emprestado pelo Atlético Madrid, avaliada em 20 milhões de euros. 

Por seu turno, o Benfica pouco apostou no mercado de transferências no verão e o reforço mais sonante, o brasileiro Gabriel Barbosa, revelou-se tudo menos decisivo. 

Mas, e tendo em conta tudo aquilo que os três grandes investiram nas últimas três épocas, - que na prática são duas e meia - quem gastou mais? Vamos às contas... com a 'ajuda' do portal especializado Transfermarkt. 

Dragão comedido devido ao fair-play financeiro

Comecemos pelo FC Porto. Os dragões são, neste momento, líderes na I Liga, estão nos oitavos de final da Liga dos Campeões, estão presentes quartos de final da Taça de Final e na final four da Taça da Liga. 

No entanto, esta temporada foram, dos três grandes, os que menos dinheiro investiram para reforçar a equipa azul e branca que está a tentar recuperar o título nacional que lhe foge há quatro anos. 

Porém, em 2015/16, o FC Porto foi o emblema português que mais milhões gastou. Os dragões começaram a contrair problemas relacionados com o fair-play financeiro e foram assim 'obrigados' a serem mais comedidos no mercado seguinte. 

Época	Montante total	Contratação mais cara
2017/18	21 milhões de euros	Óliver Torres (20 milhões de euros)
2016/17	37,30 milhões de euros	Alex Telles e Depoitre (Cada um custou 6,5 milhões de euros)
2015/16	43,30 milhões de euros	Imbula (20 milhões de euros)

 

Leão com posição forte no mercado 

As contas do Sporting passam atualmente por um claro momento positivo. Atualmente, os leões têm maior poder de compra e as contratações de nomes como Bruno Fernandes, Marcos Acuña e Wendel são a certeza disso. 

Desde da época 2015/16 até à presente temporada, o clube de Alvalade está mais comprador e tem conseguido alcançar negócios de elevado montante. Isto poderá ser explicado através de diversos factores nos quais não podem faltar a menção às vendas de João Mário (40 milhões), para o Inter, e da dupla Slimani (30 milhões) de Adrien Silva (24,50 milhões) para os ingleses do Leicester. 

Época	Montante total	Contratação mais cara
2017/18	44,26 milhões de euros	Bruno Fernandes (9,69 milhões de euros)
2016/17	37,71 milhões de euros	Bas Dost (11,85 milhões de euros)
2015/16	9,85 milhões de euros	Téo Gutiérrez (3,4 milhões de euros)

 

Encarnados apostam mais na prata da casa e arrefecem no mercado fora de portas 

A postura das águias no mercado de transferências, no período temporal aqui proposto, revela-nos várias diferenças comparativamente com os rivais. 

O Benfica pouco apostou no mercado esta temporada, mas em 2016/17 esteve bastante ativo no mercado, investindo quase 50 milhões de euros. 

A diferença está na ideologia dos encarnados. O Benfica está apostado em formar jogadores em casa e transportá-los para a equipa principal. Rui Vitória promoveu, este ano, jogadores como Diogo Gonçalves, Rúben Dias ou João Carvalho. 

Ainda assim, e não menos importante, importa referir que nestes últimos três anos foram os encarnados a contratarem um único jogador pelo valor mais avultado em Portugal: Raúl Jiménez.

Época	Montante total	Contratação mais cara
2017/18	9,35 milhões de euros	Filip Krovinovic (3,50 milhões de euros)
2016/17	43,77 milhões de euros	Rafa Silva (16 milhões de euros)
2015/16	28,75 milhões de euros	Raúl Jiménez (22 milhões de euros)