Depois de uma entrada menos conseguida na Taça da Liga, diante do Leixões, o FC Porto estava obrigado a vencer o Rio Ave e não desiludiu. Os dragões bateram vila-condenses por 3-0, num encontro de grande qualidade da armada de Sérgio Conceição.

Não só há mérito dos azuis e brancos com também houve demérito do Rio Ave, que teve uma das piores exibições desta época – que acabou por mostrar um pouco da sua identidade na segunda parte.

Dragão voou mais alto e cuspiu fogo em casa

Uma partida que há entrada era esperada dificuldades para ambas as partes foi abafada pela agressividade e frenetismo que os dragões apresentaram desde o apito inicial.

Logo nos instantes iniciais os dragões estiveram perto de inaugurar o marcador através de Soares, mas o brasileiro acabou por falhar o timing e o esférico passou-lhe por entres as pernas. Esta primeira jogada de perigo dos azuis e brancos foi uma espécie de prefácio para o restante encontro.

Os homens de Sérgio Conceição entraram em campo com a lição estudada e souberam lidar com os ‘truques’ do Rio Ave, dominando uma das ‘feras’ mais perigosas na I Liga.

Os dragões aproveitaram o facto dos vila-condenses terem-se apresentado no Estádio do Dragão com a linha defensiva muito subida e perto do setor intermédio, Conceição lançou tiquinho e Marega para o eixo ofensivo e utilizaram a velocidade do maliano e o posicionamento do brasileiro para chegarem ao golo.

Para piorar a situação do Rio Ave, os forasteiros não conseguiram interligar setores e fizeram apenas um remate em direção da baliza de Iker Casillas, a bola não conseguia sair do meio-campo.

Perante todas estas dificuldades dos vila-condenses e a qualidade que os dragões iam apresentando dentro do relvado, os golos foram surgindo de forma natural.

Tiquinho Soares abriu as hostes à passagem do minuto 11 com ajuda de Herrera, que fez um excelente passe para o atacante brasileiro. Aos 21’, foi a vez de Marega tomar o gosto do golo, ao virar as voltas a Cássio e rematar para o fundo das redes.

A estratégia do Rio Ave não resultou na primeira parte e mostrou uma faceta desorientada e passiva que ainda não tinha sido visível esta temporada.

Dragão adormece e permite que vila-condenses respirem

No segundo período, os homens de Miguel Cardoso aumentaram de rendimento e mostraram pormenores positivos, com alguns ataques à baliza de Iker Casillas mas insuficientes para revirar os dois golos de desvantagem.

Contudo, do lado do FC Porto houve uma quebra na qualidade de jogo e limitou-se a gerir o resultado.

Nos primeiros 15 minutos, o Rio Ave quis mostrar as suas valências e apresentou uma melhoria nas transições ofensivas e ao nível da defesa, que na primeira parte sentiu grandes dificuldades para parar os avançados portistas. Situação que se sucedeu devido às mexidas táticas do técnico forasteiro, que decidiu colocar Pelé e Tarantini a jogarem mais recuados, diminuindo assim os espaços no eixo defensivo.

No entanto, tudo piorou aquando da expulsão de Danilo – que recebeu duas cartolinas amarelas –, os dragões ficaram desfalcados no setor intermédio e permitiu que o Rio Ave dominasse no meio campo e criasse mais oportunidade de perigo para Casillas.

Mas história do jogo não iria ficar por aqui e até teve uma reviravolta, Pelé provocou uma grande penalidade – acabando expulso – e Aboubakar aumentou a vantagem para três tentos.

Com esta derrota pesada, o Rio Ave fica oficialmente fora da Taça da Liga, com apenas um ponto conquistado no Grupo D. Quanto ao FC Porto destronou o Leixões e subiu à liderança do grupo, com quatro pontos.

Momento do jogo: O golo Tiquinho Soares abriu o livro para o FC Porto e a partir do tento, o Rio Ave não conseguiu segurar a letal ofensiva azul e branco até ao fim dos 90 minutos.

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Onze titular do Rio Ave: Cássio; Yuri Ribeiro, Marcão, Nélson Monte, Nadjack; Tarantini, Pelé, Francisco Geraldes, Rúben Ribeiro; João Novais, Guedes

Onze titular do FC Porto: Casillas, Ricardo, Felipe, Marcano, Telles; Danilo, Herrera, Corona, Brahimi; Marega, Soares