Sporting e FC Porto terminaram o ano de 2017 com os mesmos 39 pontos no campeonato, mas o ‘prémio’ para equipa que mais evoluiu em relação à temporada transata vai, de forma destacada, para a equipa de Jorge Jesus.

Feitas as contas, os leões somam mais nove pontos do que aqueles que contavam ao término da 15.ª jornada da época 2016/17. Na altura, ocupavam a quarta posição, a oito pontos do então líder Benfica, com mais três derrotas do que aquelas que agora averba.

A diferença de golos é, também, explicativa desta evolução. Em igual número de jornadas na anterior época, os verde e brancos tinham menos sete golos marcados e mais quatro golos sofridos do que neste momento.

Mas não é só na I Liga que o ‘renascimento’ do Sporting fica bem patente. No final de 2016, já Alvalade tinha dito ‘adeus’ às competições europeias, fruto de uma desastrosa campanha na Liga dos Campeões, na qual somou apenas três pontos, menos um do que o Légia de Varsóvia, equipa para a qual perdeu na derradeira jornada do grupo F.

Em 2017/18, voltou a não carimbar o passaporte para os oitavos-de-final da prova milionária, mas os sete pontos conquistados permitem aos homens de Jorge Jesus tentar a sua sorte na Liga Europa, onde têm encontro marcado com o Astana.

Dragão recuperado voltou a cuspir fogo

O FC Porto também registou uma melhoria em relação a 2016/17, ainda que, neste caso, não seja tão significativa. À passagem da 15.ª jornada da última época, então sob os comandos de Nuno Espírito Santo, os dragões levavam 34 pontos, menos cinco do que aqueles que levam agora, e estavam no segundo lugar, a quatro pontos da liderança.

O destaque, no caso dos azuis e brancos, vai mesmo para a força ofensivo que Sérgio Conceição conseguiu levar para o Dragão: no mesmo número de jogos, o FC Porto tinha 28 golos marcados na época passada. Agora, tem 39, ou seja, mais 11.

E parte maioritária desses golos partiram de apenas dois homens que, na passada temporada, estavam longe do clube. Juntos, Vincent Aboubakar e Moussa Marega assinaram 24 golos no campeonato nacional. É obra.

Na Liga dos Campeões, a diferença não é assim tão grande. Tal como no último ano, o FC Porto conseguiu o apuramento para os oitavos-de-final no segundo lugar do grupo. A diferença é que, na atual edição, conseguiu-o com dez pontos, ao passo que na edição anterior fez 11.

Luz viu ‘tombo’ de todo o tamanho

Dos três ‘grandes’, o Benfica foi o único que não conseguiu melhorar a sua posição. Caiu do primeiro para o terceiro lugar, ainda que, para tal, lhe tenha bastado somar menos dois pontos em relação a 2016/17.

Curiosamente, apesar da pior prestação, até já leva mais cinco golos do que na temporada transata. Em sentido inverso, encaixou mais dois golos e tem mais um empate. Diferença mínima, mas que tem feito toda a diferença na tabela.

O maior ‘descalabro’ foi mesmo na Europa. Se, na passada edição, a equipa de Rui Vitória fez oito pontos e só foi travada, nos oitavos-de-final, pelo Borussia Dortmund, este ano saiu cena sem um único ponto conquistado.

Euforia insular e depressão sadina

À parte do Sporting, há que destacar a evolução do Marítimo. Em 2016, por esta altura, era oitavo classificado, com 20 pontos conquistados. Neste momento, apesar da derrota no Dragão, a equipa de Daniel Ramos é quinta, com mais sete pontos somados.

No polo oposto, o Vitória de Setúbal foi quem mais ‘tombou’. Os homens de José Couceiro terminaram a 15.ª jornada da passada época no nono lugar, com 19 pontos. Agora, são últimos, com apenas dez pontos conquistados, 13 golos marcados e 29 sofridos.