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"Cheguei ao Liverpool e senti-me uma criança numa loja de brinquedos"

Em entrevista ao Desporto ao Minuto, Ilori fala sobre o Sporting, o Liverpool e o lado pessoal de uma adaptação que, apesar de ter sido complicada, já está consumada.

"Cheguei ao Liverpool e senti-me uma criança numa loja de brinquedos"
Notícias ao Minuto

08:00 - 18/12/17 por Francisco Amaral Santos

Desporto Tiago Ilori

Sensato, focado e consciente daquilo que é o futebol, Tiago Ilori encontrou a regularidade que tanto procurava nos ingleses do Reading.

O defesa português de 24 anos está a cumprir a segunda época ao serviço da equipa que milita no Championship, segundo escalão do futebol inglês, mas não esquece as passagens por Liverpool e Sporting.

Em entrevista ao Desporto ao Minuto, Ilori não foge a nenhum dos temas abordados. Do sentimento de deslumbramento na chegada a Inglaterra, às experiências vividas nos tempos de formação do Sporting, sem esquecer o confronto europeu que irá colocar frente a frente Liverpool e FC Porto. 

A conversa com o jogador que representou diversos escalões jovens da seleção nacional resume-se pura e simplesmente ao futebol. Uma conversa que não pode mesmo perder. 

Antes de tudo, que balanço faz da experiência no Reading? 

Sinto-me bem, estou adaptado e dou-me bem com os colegas. Foi um processo fácil porque é um grupo muito jovem, quase todos com um objetivo parecido com o meu. Quase todos vêm de equipas mais fortes e têm o objetivo de dar o salto outra vez. É um grupo com muita ambição.

Quais são os objetivos da equipa? 

O objetivo é chegar aos playoffs. Pessoalmente, e os meus colegas também, acreditamos que podemos fazer mais. Não começou como queríamos, isso faz parte, mas já estamos a entrar numa fase melhor. Temos de manter a nossa identidade e os resultados vão chegar. Dominamos os jogos, mas temos alguma dificuldade em finalizar. Temos também sofrido golos que não devíamos sofrer. Estas coisas vão todas passar.... Já mostrámos isso com os resultados que temos tido e estamos confiantes que, daqui para a frente, vamos voltar a mostrar a qualidade que temos.

Diz-se que o Championship é muito competitivo e muito exigente fisicamente… Sente-se essa ‘pressão’?

É um campeonato difícil, tem um nível competitivo elevado. Acabámos o campeonato em terceiro e perdemos a final. Não é por isso que, passado um ano, vamos estar no mesmo lugar. Clubes que estavam mais para baixo na tabela para não descer, este ano podem estar no topo da tabela. É um campeonato muito físico, é rápido... é direto. Muitas vezes as equipas jogam mais direto, aproveitando a qualidade dos jogadores que têm.

Como tem visto o impacto dos jogadores portugueses do Wolverhampton? 

Acho que é positivo para os jogadores portugueses e para o campeonato também. Mostra a qualidade do futebol português e o trabalho que a formação está a fazer. Há jogadores da formação do Benfica, do FC Porto… Chegaram a jogar na primeira equipa, por isso vêm para cá e rapidamente se adaptam e conseguem elevar as suas equipas a outro nível. Pela qualidade que têm demonstrado esta época, são muitos fortes. A frente de ataque deles é quase toda portuguesa e tem mostrado muita qualidade.

O Champioship é uma boa montra para os portugueses?

Acho que sim. Acho que é uma passagem para ir para outros sítios. Jogadores que se calhar não estão tão bem nos clubes grandes em Portugal, vir para aqui dá-lhes muita experiência. É bom para crescer, como homens e jogadores. É mais uma etapa na carreira. Não é obrigatório que todos façam este processo, mas é bom.

Em Inglaterra há essa valorização do jogador português?

Acho que sim. Mas o Wolverhampton está tão bem que acho que a imagem só vai melhorar. Não sei como é nos outros países, mas aqui em Inglaterra a ideia que se tem é que o jogador português é que é mais técnico, gosta de bola no pé… Não estou a dizer que é mentira. Mas também sabemos ser agressivos. Sabemos atacar e defender. São jogadores completos. A prestação dos portugueses aqui está a demonstrar tudo isso.

   É fácil agora dizer que não devia sair do Liverpool ou do Sporting

Há duas épocas estava no Liverpool, antes de ir para o Reading. Sente que as coisas acabaram por não correr da melhor maneira?

Quando assinei pelo Liverpool foi com o objetivo de jogar lá. Tive contrato, no total, apesar dos empréstimos, durante quatro anos. O objetivo sempre foi jogar lá, se não não tinha assinado. Mas pronto, o futebol é um bocado isto. Nunca sabemos o dia de amanhã. Tive muitas aprendizagens no tempo que estive lá, mas tive de sair e procurar mais oportunidades para jogar de forma regular

Sentiu a necessidade de dar um passo atrás para dar dois para a frente? 

Sim. Já estive em Espanha, em França, tive essas experiências e a escolha de vir para o Championship foi mais para o futuro. Foi para olhar para os aspetos do meu jogo que eu acho que posso melhorar. Foi com essa intenção.

A experiência de ter passado por vários campeonatos, por clubes como Bordéus, Granada, e Aston Villa, tornam-no agora num jogador mais completo?

Na altura em que tudo isso aconteceu era difícil ver o caminho que estava a seguir. Era difícil ver se era bom. Se calhar pela idade não consegui aproveitar tão bem. Mas, sim, claro. Eu nasci em Inglaterra, mas cresci em Portugal. Saí de Portugal para vir para o Liverpool. Não era estranho andar de um sítio para o outro, porque praticamente toda a vida fiz isso. Não foi tanto pela língua, mas só o facto de estar num campeonato diferente... há sempre coisas que vamos aprendendo. Os objetivos eram sempre diferentes e foi uma aprendizagem.

Saiu do Sporting num período conturbado. Considera agora que saiu cedo demais? 

Agora, passados alguns anos, acho que seria fácil dizer que sim. Na altura, com tudo o que estava a acontecer, pelo interesse do Liverpool, eu pensei: 'Quero isto e não quero mais nada'. Eu não fui para lá de forma precipitada. Foi tudo planeado, falei com muitas pessoas sobre isso. Foi a decisão que queria tomar naquela altura. Já tinha tido outras oportunidades…

Foi complicado toda aquele processo de mudança? 

Foi complicado, foi difícil, nunca tinha estado numa situação daquelas. Tinha 19 anos, falei com muita gente para tentar tomar a decisão mais correta… É fácil hoje dizer que não foi. Não joguei no Liverpool, não consegui os objetivos que tinha traçado. É fácil dizer, por exemplo, que não devia sair do Liverpool ou do Sporting. Mas foi a decisão que tomei.

O carinho que tenho pelo Sporting não se esquece

O facto de poder jogar na Premier League também influenciou a decisão de deixar o Sporting? 

Cresci no Sporting, estive lá muito tempo, e não deixei de ser sportinguista por ter saído. Se calhar, por ter nascido em Inglaterra, se calhar por ter família inglesa, mais ainda o facto de o Liverpool me querer contratar, chamou-me mais ainda. O interesse que mostraram fez-me balançar mais ainda. Não me queriam só contratar. Eles mostraram muito interesse na altura.

Continua a acompanhar de perto o Sporting?

Continuo a ter colegas e amigos lá. Por isso, é claro que sim. Não só agora. O carinho que tenho pelo clube, estive lá quase dez anos, isso não se esquece.

Desde que saiu, o Sporting já mudou bastante e nos últimos anos tem estado ao mesmo nível dos rivais. Fica feliz por ver essa evolução à distância? 

Fico. Apesar do sucesso ou melhoria que tem tido, em relação a como estávamos, ainda não perdemos aquele cuidado no sentido em que continuam a chegar muitos jovens à primeira equipa. Isso só mostra a qualidade do trabalho que se está a fazer.

Há quem diga que é a melhor academia do mundo. O Tiago concorda? 

Eu acredito e discuto isso diariamente. Nem toda a gente acha o mesmo, mas eu acredito nisso. Não é só por ter estado lá... Olhando para os jogadores que estão por todo o mundo e que estão por grandes clubes, mais os que estão a sair agora… Para mim, não é difícil dizer que sim.

Esse lado de adepto deixava-o aceitar um 'convite' do FC Porto ou do Benfica? 

Acho que não deixava. É uma pergunta difícil. Nunca pensei muito em voltar para Portugal. Acho que teria de voltar para o Sporting. Se tivesse várias propostas, claro que teria de olhar para o que seria melhor para mim. Estando aqui, fora de Portugal, continuo sportinguista, mas se um qualquer clube português estiver a jogar na Europa eu estou a torcer por eles. Estou do lado deles. Seja quem for. Sou português e, clube à parte, quero o melhor para as equipas portuguesas e para Portugal. Apesar de ter o meu clube, não tenho ódio a ninguém. Não tenho nada contra qualquer clube.

Ou seja, prefere olhar para o lado mais saudável da rivalidade?

Sim, quando entro dentro de campo estou com foco na minha equipa. Dentro de campo não há amigos na equipa adversária [risos]. Mas isso é comigo e com todos. Depois logo falamos.

Que análise faz ao trabalho de Jorge Jesus e Bruno de Carvalho no Sporting? 

É fácil ver, nos últimos cinco anos, a evolução que tem havido. É claro que em determinado ano a equipa pode jogar um bocadinho melhor ou pior. Mas tem-se visto a evolução. Não parece que vá abrandar, parece-me que o clube vai continuar a crescer e a lutar para ser a melhor equipa de Portugal.

Acredita que o Sporting conseguirá arrecadar o título esta temporada?

Espero que sim. Conhecendo o futebol, é impossível dizer, agora, que sim. Acho que vai ser uma luta até ao final. Os três grandes conseguem ganhar uns aos outros. Faltam esses jogos. Ainda falta muito campeonato e muita coisa pode acontecer.

   Jogar no Dragão não é fácil. Jogar em Anfield também não

Por falar em Portugal... O sorteio dos oitavos de final da Liga dos Campeões ditou um encontro entre FC Porto e Liverpool. Qual terá sido a reação dos reds

Eu ainda não falei com ninguém desde o sorteio. Mas jogadores deste nível estão habituados a estas sortes. Eles conhecem o FC Porto, de certeza, e não vai ser fácil para ninguém.

Acredita num favoritismo repartido.... 

Se chegaram ali é porque merecem. As equipas que tiveram de vencer para estar nesta fase da competição são todas 'grandes'. Eu conheço melhor a realidade do Liverpool do que do FC Porto. O Liverpool ataca muito e consegue ganhar a qualquer equipa. Mas o FC Porto também o consegue. É mais uma vez aquela resposta: ‘tudo pode acontecer’. Jogar no Dragão não é fácil. Jogar em Anfield também não. Por isso, acho que vai depender dos resultados fora de casa.

Que ambiente pode o FC Porto esperar em Anfield? 

É um estádio histórico. A música de entrada ['You'll never walk alone'] é qualquer coisa. É difícil de explicar o que sentes quando estás a jogar ou a ver o jogo. Não vai ser fácil. Sente-se muito a força que os adeptos dão à equipa. Mais do que incomodar os jogadores adversários, o público dá força ao Liverpool. Os jogadores lutam mais, correm mais, tornam-se mais fortes. Mas para o Liverpool também não será fácil. O ambiente no Dragão também é fantástico.

Do lado do FC Porto, jogadores com o Brahimi podem ser determinantes? 

Ele consegue desequilibrar sempre. É forte, apesar de não ser o mais alto, é muito forte e rápido. Tem uma qualidade individual fora do normal, uma técnica muito boa. Ele pode fazer a diferença.

Cruzou-se com ele no Granada. Naquela altura conseguia ver aquela qualidade que agora é apresentada pelo argelino? 

Sim, já se notava no Granada. Tínhamos uma boa equipa. Sentíamos que contra qualquer equipa podíamos ganhar e o Brahimi desequilibrava. Ele tem qualidade para estar no FC Porto. Tem qualidade para estar na Champions em qualquer equipa.

Do lado do Liverpool quem pode ser determinante?

Coutinho. Tal como o Brahimi, ele pode fazer a diferença. Neste momento há três ou quatro que podem fazer a diferença. Mas o Coutinho é um jogador especial. Quem jogou contra ele ou com ele sabe disso.

Além de Coutinho, também partilhou balneário com outras figuras como Gerrard ou Suárez. 

São todos diferentes. Toda a gente conhece o nível do Gerrard. Esteve entre os melhores do mundo na sua posição. O Suárez continua. Mas o jogador que para mim me impressiona, que é bonito de ver a jogar, que é especial, é o Coutinho. É o que mais gosto de ver.

   O sonho de qualquer jogador é vestir a camisola do seu país

Também se cruzou com João Carlos Teixeira, no Sporting e no Liverpool. Acha que a passagem para o Sp. Braga lhe está a fazer bem?

Está sim. É dos meus melhores amigos, é o padrinho da minha filha e ele está em 'casa'. Ele é de Braga. Está a jogar regularmente, já conhecia alguns jogadores e acho que jogar mais vai possibilitar-lhe mostrar-se, mostrar a sua qualidade. Vai estar na mesma Liga do FC Porto, vão conseguir vê-lo com regularidade.

Tem qualidade para voltar ao FC Porto?

Tanto ele como o FC Porto querem isso. Foi emprestado para ter tempo de jogo. Toda a gente sabe a qualidade que ele tem. Tem de ganhar aquele andamento e isso só acontece a jogar. Quando estiver nesse patamar, vai estar lá em cima.

Faz parte da geração da seleção sub-21 que perdeu o Europeu em 2015 na final. Foi injusto?

Não foi injusto porque perdemos em penáltis. E porque a Suécia conseguiu bater melhor que nós. Sinto que a nossa equipa era mais forte. Demos tudo em campo, mas é o futebol. Noutro dia acho que tinha sido diferente. É assim … nem sempre ganha a melhor equipa.

Mantém a esperança de ser chamado por Fernando Santos?

Claro que esse é um dos meus objetivos. Tenho tentado fazer as coisas de forma um bocadinho diferente do que fiz no passado. Tenho de dar este passo no sítio onde estou e desde que as coisas estejam a correr bem… Sinto que o meu tempo vai chegar. Não posso só pensar no amanhã. Claro que o sonho de qualquer jogador é vestir a camisola do seu país. É o ponto mais alto.

Nasceu em Londres, nunca pensou em vestir a camisola da seleção inglesa?

Nasci em Londres, mas saí muito cedo. A minha primeira língua é inglesa, mas cresci em Portugal. Vivi quase sempre em Portugal e todas as minhas memórias mais antigas são de lá. Nunca pensei nisso. Sinto-me português.

Notícias ao MinutoTiago Ilori ao serviço da seleção sub-21. © Global Imagens

   Só percebi que o futebol era a minha profissão quando cheguei ao Liverpool

Como correu aquele período de adaptação depois de sair do Sporting?

O país não foi difícil. Mas, olhando para trás e para a minha saída do clube. Sabes, já toda a gente me conhecia, já me sentia em casa. Cuidavam bem de nós. Fui da formação desde pequenino. Chegar a um outro clube, com alguns dos melhores jogadores do mundo, não há aquele acompanhamento, aquela intimidade com os treinadores e staff. O foco está mais nos resultados. É difícil de explicar. Se calhar não percebi logo para o que ia.

Só percebi que o futebol era a minha profissão quando cheguei ao Liverpool. Antes era só paixão. No Liverpool foi tudo muito rápido. O futebol é a minha paixão, o que mais gosto de fazer, mas cheguei ao Liverpool e, apesar de saber que éramos todos colegas no balneário, havia a pressão de competir por um lugar. Se calhar era um bocadinho ingénuo. Não sei se é essa a palavra. Não tinha a experiência necessária para vingar naquela altura.

Havia mais pressão no Liverpool do que tinha no Sporting?

Sim, acho que sim. Quem conhece a realidade percebe. Acho que não percebi logo onde estava. Não entendi logo o que tinha fazer. Eu estava lá, treinava, ia para casa, descansava… Mas tinha de fazer mais. Um jogador do Liverpool tem de fazer muito mais. Tinha 19 anos, era um miúdo, ainda não sabia.

Se fosse com outra idade encarava as coisas de outra maneira?

Eu tinha vindo da formação há pouco tempo. Talvez por ter vindo há tão pouco tempo da formação, por ter tido pouco tempo de equipa senior… chegar lá sem conhecer ninguém. Não sei. Obviamente não fiz o que tinha de fazer. No meu caso acho que não ajudou o facto de ser tão novo. Talvez como um pouco mais de experiência tivesse sido mais fácil.

Foi fácil lidar com a distância da família e dos amigos? 

Eu sou português… Cheguei ao Liverpool falava inglês, mas gostava do calor, como todos os portugueses. Mas há uma grande diferença: acho que era demasiado novo. Há pessoas que, com 19 anos ou mais novos, têm muita maturidade, mas no meu caso acho que foi tudo muito rápido. Apesar de saber que podia sair do Sporting, o meu coração não queria sair. Tinha dúvidas se era a altura certa. Foi muita coisa a acontecer naquela altura. Cheguei ao Liverpool e sentia-me uma criança dentro de uma loja de brinquedos. Estava ali e pensava… 'Meu deus, onde é que eu estou?’. Mas não mudava nada do que vivi. O que eu passei faz de mim aquilo que eu sou hoje.

O facto de estar agora mais focado, de ter essa noção do passado, torna-o num jogador mais objetivo e com mais noção do que quer no futuro?

Os objetivos não mudaram muito. Tenho os meus objetivos. Acredito que tenho qualidades para ser dos melhores na minha profissão. Não tenho dúvidas. Agora já tenho noção do que tenho de fazer. É como disse: Não mudava nada do que aconteceu. Primeiro porque não posso, mas também porque é o resultado do que eu sou hoje. Não foi tudo mau. Olhando para a imagem maior, não foi como queria, não foi perfeito, mas ganhei muito por ser do Liverpool. Ganhei um futebol diferente. Aprendi com pessoas muito diferentes.

Voltando um pouco atrás. Hoje, com maturidade que adquiriu, sente que terá capacidade em breve para assumir um lugar na seleção?

Tenho esse objetivo. Estou a trabalhar para isso e espero que numa próxima vez [que estejamos a conversar], talvez não já da próxima vez, estejamos a falar sobre a minha chamada à seleção. É o meu objetivo. No dia em que isso acontecer, vamos celebrar… porque foi duro. É o objetivo de qualquer jogador. Tenho noção de quem é convocado, de quem está lá, mas sendo jogador tenho o objetivo de chegar lá. Há esse objetivo. Se calhar, é o meu objetivo maior.

*Pode ler a segunda parte desta entrevista aqui.

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