A incrível história de Grncarov: Depois do coma o regresso aos courts
Darko Grncarov irá regressar ao circuito, quase dois anos depois, mesmo sem ter recuperado a audição no ouvido direito.
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Desporto Ténis
Nasceu e cresceu na Macedónia a idolatrar as irmãs Williams, Novak Djokovic e Andy Murray. Filho de dois futebolistas profissionais, a raquete sempre foi a sua melhor amiga. Acompanhou-o até dezembro de 2015, numa altura em que ia partir para a sua primeira série de Futures, na Turquia.
Tudo parecia normal na carreira de um jovem de 18 anos que perseguia o sonho de ser um dos melhores na sua modalidade, tudo corria bem até... até o desastre acontecer. Depois de um dia intenso de treinos, Grncarov perdeu os sentidos devido a um derrame cerebral, que provocou, logo de seguida, um AVC. Perdeu a consciência e só alguns meses depois a voltou a recuperar.
“Lembro-me de acordar um dia cheio de dores e aos gritos, no dia seguinte ao acidente. Depois disso, só me lembro de acordar seis meses depois. Tive um AVC na parte direita do meu cérebro, que me afetou todo o corpo”, revelou o macedónio em declarações ao jornal Metro.
Além dos seis meses em coma, Grncarov teve de passar por várias ‘tempestades’. “Estive meses sem andar, perdi a audição do meu ouvido direito e disseram-me que jamais poderia voltar a jogar ténis. E não me lembrava de quase nada. Foi como se uma máquina me tivesse retirado todas as memórias”, referiu o tenista que começou a ver a bonança a chegar.
“Primeiro comecei a andar calmamente, depois a fazer algum trabalho físico e agora estou finalmente de regresso ao court. Disseram-me que poderia demorar cinco a sete anos a ficar totalmente recuperado, mas eu fui fazendo muitos exercícios secretamente, sem ninguém saber. A minha audição no ouvido direito nunca voltou. O meu ouvido está como que morto. Mas no fim de contas até estou feliz por ter perdido apenas metade da minha audição. Sou muito jovem e prefiro concentrar-me nas muitas capacidades que se mantêm intactas do que ficar a chorar sobre aquelas que perdi”, revelou.
Um exemplo de coragem e determinação que vai regressar aos courts, já em janeiro, no Challenger de Rennes. E para quem acha que Darko Grncarov vai apenas fazer figura de corpo presente, desengane-se. “Se estiver saudável, sei que posso um dia ser top 100”.
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