Análise: O FC Porto recebeu e venceu o Leipzig (3-1), numa partida relativa à 4.ª jornada da fase de grupos da Liga dos Campeões. Com este resultado, os dragões somam seis pontos e sobem ao segundo lugar do grupo G. Um jogo que teve tudo aquilo que uma noite europeia necessita: golos e emoção. 

Início com lesão de Marega... e golo

Início de jogo azarado para os dragões. Aos 12 minutos Sérgio Conceição foi obrigado a mexer na equipa depois de Moussa Marega abandonar o terreno de jogo devido a lesão. O técnico do FC Porto pensou, ponderou e acabaria por lançar André André para o lugar do maliano.

No minuto seguinte, e quando menos se esperava, o FC Porto colocou-se em vantagem no marcador com um golo do mexicano Héctor Herrera (13'). Depois de uma confusão na grande-área do Leipzig, a bola acabou nos pés do mexicano que, perante a oposição do guardião adversário, empurrou para o fundo das redes, libertando uma enorme festa nas bancadas do Dragão.

O golo, porém, parece ter acalmado o FC Porto que, em vantagem, recuou no campo e baixou as linhas de forma a juntar mais os setores. Os três médios – Herrera, André André e Danilo – pareciam estar a jogar todos na mesma linha, formando assim uma linha defensiva extra à frente do quarteto mais recuado.

Por seu turno, o Leipzig tentava encontrar espaços na defensiva azul e branca, sobretudo pelo lado esquerdo. Bruma procurava sempre encontrar uma solução ofensiva. Ainda assim, a formação alemã acabaria por ficar em branco na primeira parte e o FC Porto segurava assim a vantagem até ao intervalo.

Segunda parte emocionante 

Segunda parte bem diferente da primeira. O Leipzig não facilitou e colocou Timo Werner em campo, deixando Bruma no balneário. Aposta mais que ganha, uma vez que o avançado alemão respondeu com um golo logo aos 49 minutos. No lance, porém, fica bem visível que José Sá não estava bem posicionado.

Com o resultado empatado, o FC Porto revelava dificuldades em ligar o jogo, mas nem isso impediu os comandados de Sérgio Conceição de chegar novamente à vantagem. Na sequência de um livre indireto, Alex Telles encontrou na cabeça de Danilo o regresso à liderança do marcador. Um golo que assinala a marca de 100 jogos de Danilo ao serviço do FC Porto.

O golo motivou os dragões que até dispuseram de mais oportunidades de golo, mas só perto do final conseguiram ampliar a vantagem. O triunfo não estava seguro, devido ao perigo criado pelos germânicos, mas o FC Porto revelou um lado mais solidário entre colegas que permitiu segurar um resultado que, de facto, era muito importante para as contas do grupo G. Maxi, aos 90'+3, fechou as contas no Dragão. 

Num jogo que ficou marcado pela alteração forçada no início do jogo, este FC Porto soube-se adaptar aos diversos momentos do jogo. Soube marcar nos momentos certos e soube sofrer quando foi altura de sofrer. Uma vitória tão justa como merecida.

Momento do jogo: Golo de Danilo chegou na melhor altura. Se havia altura em que o FC Porto precisava de um golo era naquele preciso momento. A formação azul e branca estava algo perdida no jogo, acabando o golo por servir de motivação para o que faltava.

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Onze FC Porto: José Sá; Ricardo, Felipe, Marcano, Alex Telles, Danilo, Herrera, Corona, Brahimi, Marega, Aboubakar.

Onze Leipzig: Gulacsi; Bernardo, Orban, Upamecano, Halstenberg, Sabitzer, Kampl, Keita, Forsberg, Bruma, Augustin.