"Deixem-me terminar o meu último mandato", disse o dirigente, de 76 anos, confrontado com reclamações recentes, exigindo a sua saída: "Já tinha dito que este era o último, mas gostava de terminar o meu trabalho na FIFA, que não é tão mau como refere alguma Imprensa em algumas partes do mundo".
Depois da sua reeleição, em 2011, com o nome da FIFA envolto numa atmosfera de escândalos e negócios de todo o género, Blatter empreendeu uma vasta política de reformas com vista a uma maior transparência no seio do organismo.
"Se não deixar a FIFA no bom caminho, então terei falhado. Mas estou certo que o conseguirei", disse o dirigente.
Para o suceder, a partir de 2015, reconhece Michel Platini, actual presidente da UEFA, como "um possível bom sucessor".
"Foi meu discípulo. Penso que quando passar da UEFA para a FIFA poderá ver o futebol de outra maneira. É muito mais fácil dirigir a UEFA, que é rica e tem tudo", afirmou a propósito da gestão de Michel Platini.
O presidente da FIFA revelou, na mesma entrevista, opor-se ao aumento das equipas que disputam a fase final do Campeonato do Mundo, ao contrário do Europeu, que passará a ser disputado por 24 selecções: "Não é possível. É o máximo, 32 selecções geram uma fórmula matemática perfeita".
A concluir, disse também recusar a organização dos Mundiais por dois países, prática que já foi adoptada três vezes pela UEFA em campeonatos europeus (2000, 2008 e 2012).
