Em dia de eleições, Sporting e FC Porto discutiram a liderança do campeonato nacional em Alvalade. Sem um grande espetáculo e com poucas oportunidades, o marcador ficou por inaugurar até ao apito final.

Separadas por dois pontos, as duas equipas entraram em 'pezinhos de lã', com algum receio em se 'atravessar'. Com muita cautela defensiva, começou por ser o conjunto orientado por Sérgio Conceição a 'molhar a sopa'.

Rui Patrício, a muralha

Com Jonathan Silva a fazer de Fábio Coentrão, num quarteto defensivo com Mathieu, Coates e Piccini, foi Rui Patrício que ‘valeu’ ao leão. Perante uma série de passes falhados e dificuldade em ganhar uma segunda bola por parte da formação caseira, os dragões ‘esticavam’ a corda.

Primeiro foi Brahimi (23’) e depois Aboubakar, por duas vezes (31’ e 41’), com Patrício defender a ‘honra’ da casa. O Sporting demorou a acordar e o primeiro lance perigoso só surgiu em cima do intervalo, com um cabeceamento de William Carvalho, após cruzamento de Bruno Fernandes (44’).

Quem não arrisca, não petisca…

No segundo tempo, a história tomou outro 'rumo'. A equipa de Jorge Jesus entrou melhor, com garra e decidida a trair Iker Casillas. Jonathan Silva ainda tentou 'enganar' Felipe, mas foi Bruno Fernandes a fazer estremecer as bancadas com um remate fortíssimo a passar ao lado da baliza do espanhol (60’) - isto depois Bas Dost ter chegado atrasado a uma jogada ‘engendrada’ por Gelson Martins (56’).

Ainda com trinta minutos para jogar, Jesus tirou Bruno Fernandes para a entrada de Bruno César, à procura de trazer novas ideias à sua equipa, perante um FC Porto que baixava a guarda.

Contrariamente ao primeiro tempo - em que Rui Patrício foi chamado várias vezes a intervir -, o guarda-redes do Sporting não teve grande trabalho – à exceção do lance com Marega, aos 79 minutos. Em contrapartida, a defesa do FC Porto foi mais vezes ‘requisitada’, principalmente, na sequência de lances de bola parada.

Ao cair do pano – já com Corona, Otávio e Soares em campo -, Layún teve a melhor oportunidade do jogo, na sequência de um lance de bola parada. Valeu, mais uma vez, Rui Patrício, que impediu o golo dos dragões.

Com este empate, o FC Porto segura a liderança isolada do campeonato, com 22 pontos, mais dois do que o Sporting. Um resultado que cabe bem a ambos os conjuntos, uma vez que, aconteça o que acontecer na Madeira, entre Marítimo e Benfica, nada irá mudar nas duas primeiras posições da Liga.

Momento do jogo: Muito perto do apito final, o FC Porto beneficiou de um lance de bola parada que podia ter sido decisivo, mas Rui Patrício esteve à altura e amarrou o esférico.

Homem do jogo: Rui Patrício. Na primeira metade do encontro, com o FC Porto a pressionar bastante as redes do Sporting, Patrício foi fundamental para manter o marcador inalterado.

Árbitro: Carlos Xistra manteve um critério justo durante todo o encontro, sem situações a apontar.

Jorge Jesus: Com o marcador por inaugurar, o treinador do Sporting podia ter arriscado mais no capítulo das substituições. Deixando transparecer a ideia de que podia estar a fazer algum tipo de ‘poupança’ já a pensar num próximo encontro.

Sérgio Conceição: O técnico dos azuis e brancos arriscou e, no último terço do jogo, apostou ofensivamente. No entanto, não conseguiu com que a equipa chegasse ao golo. 

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'Onze' do Sporting: Rui Patrício; Piccini, Mathieu, Coates, Jonathan Silva; William, Battaglia, Gelson, Acuña; Bruno Fernandes e Bas Dost.

'Onze' do FC Porto: Casillas; Layún, Marcano, Felipe, Alex Telles; Danilo, Sérgio Oliveira, Herrera; Brahimi, Marega e Aboubakar.