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"Boavista? Há ideias do Miguel Leal e reações que não deveriam existir"

Rui Vitória recorda "trabalho fantástico" de Miguel Leal e promete ir "ao Bessa para ganhar".

"Boavista? Há ideias do Miguel Leal e reações que não deveriam existir"

Rui Vitória anteviu, esta sexta-feira, em conferência de imprensa, a partida com o Boavista, relativa à sexta jornada da I Liga. O jogo irá marcar a estreia de Jorge Simão no comando técnico dos axadrezados, mas o técnico do Benfica diz não acreditar "que haja novas ideias em dois ou três dias".

Saída de Miguel Leal: Tradicionalmente, jogar no Bessa é difícil. Amanhã, com a mudança de treinador, há sempre, uma reação típica de quando há mudança. Independentemente disso, o Miguel Leal já tinha feito um trabalho fantástico no último ano e mesmo neste, mesmo não tendo os resultados que desejaria. Vamos encontrar um Boavista determinado, mas que nada altera a nossa forma de estar, de querer ganhar, de reconhecer que o adversário vai dificultar-nos ao máximo a tarefa, mas que nós vamos com muita determinação ao Bessa para ganhar. Só se pode ganhar respeitando o que o adversário tem de bom. 

Pós-Champions: Há estudos feitos sobre isso, mas uma coisa que levamos de avanço à maioria das equipas, é que antecipamos muito os cenários. Independentemente do jogo que tivemos na Champions, o jogo da Bessa seria difícil. Também temos uma grande preparação para lidar com estas situações. A melhor coisa que pode haver neste clube é jogar com frequência. Era muito mais desagradável ter uma distância grande para competir. É isto que queremos. Sabemos que as coisas são assim, que o adversário é forte, que tínhamos um jogo na Champions. Estamos preparados e sabemos o que temos a fazer.

Trinco: O Samaris esteve quatro jogos de fora por castigo, por isso não competiu. O Filipe Augusto tem jogado mais e começou o Fejsa. Não há igualdade de posição. Estas análises são muito fatuais. Sou uma pessoa sensível, mas não funciono só por sensações. Os dados objetivos é que me orientam. Muitas vezes, é o que um jogador dá, em detrimento daquilo que pode dar. É com base nisso que vêm as escolhas dos treinadores. Um jogou melhor aqui ou ali, mas tem dado conta do recado.

Instabilidade: Se não houvesse lesões nem castigos, estavam todos disponíveis. Neste caso, o Samaris esteve castigado e depois esteve o Fejsa lesionado. Sou muito objetivo. No caso do Filipe, que está a jogar, foi o que mais correu no campo, foi o que mais passou, o que ganhou mais duelos… Dados fatuais, é assim que olho.

Momento menos bom: Lá vamos aos factos. Já tivemos uma Supertaça ganha, já ganhámos jogos complicados. Não sou de comparações, mas vamos a factos: no ano passado, por esta altura, estávamos com os mesmos 13 pontos e tínhamos 11 golos marcados e quatro sofridos. Este ano, temos os mesmos 13 pontos, 12 golos marcados e três sofridos. Tínhamos empatado com o Setúbal em casa, este ano perdemos dois pontos com o Rio Ave fora. Alguma vez disse que os campeonatos são fáceis? É uma passadeira para qualquer dos clubes? Há dois anos, disputámos o campeonato com duas equipas, o FC Porto foi ficando para trás e foi o Sporting que disputou connosco. No ano passado, o FC Porto disputou connosco até perto da última jornada. Alguém imagina que este ano seja diferente? É difícil para nós, difícil para os outros. A única coisa que há, é que há Liga dos Campeões. No ano passado tínhamos um ponto e agora temos zero. É outra competição. As coisas são mesmo assim.

Mudanças na defesa: Há um ano perguntávamos quem ia substituir Renato Sanches e Gaitán. Ao longo dos anos, o Benfica tem vivido estas questões e as soluções foram encontradas. Se houvesse muitos jogadores como o Nélson, iam buscá-los onde estavam e não aqui. Se houvesse muitos guarda-redes como o Ederson, iam buscá-los mais baratos e não aqui. E por aí fora. Isso não invalida que tenhamos de arranjar soluções. No tri, o André Almeida foi o que mais jogou, o Jardel foi dos mais utilizados. É a matéria-prima que temos. Aqui ou ali é diferente, mas temos de arranjar nuances que possam valorizar os jogadores. É normal. Um ou outro jogo pode não correr bem, pode haver lesões, mas faz parte do processo das equipas, não é nada de extraordinário. Vêm outros. Arranjaremos forma de dar a volta à situação.

Mudanças com Jorge Simão: Não acredito que haja novas ideias em dois ou três dias. Há as do Miguel e há, naturalmente, eventuais reações dos jogadores que não deveriam existir. Deixo já um alerta: os jogadores são os mesmos e não tem de ser em dois dias que se alteram comportamentos do dia para a noite. Conhecemos a equipa do Boavista, sabemos a equipa que nos pode apresentar, a forma como joga no seu estádio e estamos prontos para isso.

Dificuldade em fazer golos: Uma coisa é fazer golos, outra é a fluidez. Temos um índice de aproveitamento superior ao que temos vindo a ter. No último jogo fizemos 25 remates. Em condições normais, na Liga dos Campeões, faz-se mais golos. Aí, a eficácia pode estar a faltar, mas, com os jogadores como os que temos, de um momento para o outro, a eficácia sobre. Quanto à fluidez… Uma coisa é defrontar uma equipa do CSKA com oito jogadores acima de 1,80m colocados à frente da área à espera dos erros que pudéssemos ter, qualquer equipa teria dificuldades em entrar. Eram jogadores muito experientes e é difícil criar oportunidades. 12 golos marcados, menos um sofrido. Níveis de eficácia vão melhorar, assim a qualidade dos jogadores o justifica.

Alterações para o Bessa: A nossa análise é diária. Sabemos o planeamento que tínhamos e as coisas que estão previstas para que os jogadores possam estar ao nível que entendemos. No dia do jogo logo veremos. Não posso querer tanto jogar na Champions e depois ter problemas no campeonato. Não vamos ter esse problema. Já sabíamos que íamos enfrentar o Boavista e como joga. Estava tudo planeado. O jogo da Champions teve o registo normal, com mais posse de bola da nossa parte, com um desgaste positivo, de ter a bola connosco. Vamos para o jogo do Bessa com grande ambição e, claramente, para ganhar. O Benfica quando entra é sempre com essa perspetiva.

Raúl Jiménez: É um jogador de grande qualidade e muito importante, quer jogue, quer não jogue. Aqui ou ali, teve os timings que foram os timings que eram necessários. Começa a época mais tarde fruto da chegada das seleções e o Seferovic começa logo no início, ganhou alguma vantagem. A vida dos jogadores é assim. O Raúl, no ano passado, vem das seleções lesionado, precisa de algum tempo e os avançados faziam muitos golos. Este ano, temos o Seferovic e o Jonas a marcar golos. O Raúl é muito importante e, quando tiver de jogar, estará prontíssimo. O Raúl, quando tiver a sua oportunidade, vai marcar e corresponder.

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