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Marcelo e a final onde Coentrão foi titular: "Fiquei muito triste"

Lateral brasileiro recorda chegada ao Real Madrid e a final europeia disputada Lisboa.

Marcelo e a final onde Coentrão foi titular: "Fiquei muito triste"
Notícias ao Minuto

21:16 - 06/09/17 por Notícias Ao Minuto

Desporto Recordações

Marcelo está no Real Madrid há dez anos mas garante que continua a sentir a "magia" desde o primeiro dia. O lateral-esquerdo brasileiro confessa que não foi fácil lutar por um lugar no onze com o ídolo Roberto Carlos nos primeiros tempos em que jogou ao serviço do conjunto merengue. 

"Um dos motivos que fazia tudo parecer tão irreal era o facto de Roberto Carlos ser o meu ídolo. Para mim, ele era Deus. Ser contratado pela mesmo equipa do Roberto Carlos, na mesma posição, eu não podia acreditar. Ao entrar naquele balneário... tinha Robinho, Cicinho, Julio Baptista, Emerson, Ronaldo, Roberto Carlos. Seis lendas brasileiras. Além de nomes como Casillas. Raul. Beckham. Cannavaro", começou por dizer no The Players Tribune, prosseguindo. 

"O pequeno Marcelito andava por ali, tipo, Eu só conhecia esses caras pelos vídeojogos. Eles podiam ter-me engolido. Mas deixa eu te contar uma coisa sobre o Real Madrid. É um clube especial nesse sentido. Roberto Carlos caminhou comigo no primeiro dia e disse, 'Aqui está o meu número de telefone. No caso de você precisar de alguma coisa. Qualquer coisa… você me liga'. No meu primeiro natal em Madrid, ele convidou minha esposa e eu para ir à casa dele com toda a sua família. O 'cara' é meu ídolo, e nós estávamos a disputar a mesma posição como lateral esquerdo. A maioria dos caras não teriam feito aquilo para um miúdo mais jovem. Mas era o Roberto Carlos. Ele é confiante. Este é o sinal de um homem de verdade." 

"Eu inspirei-me muito no Roberto Carlos dentro de campo também. Roberto Carlos ia pra cima e pra baixo como uma animal na ala esquerda. Você sabe do que sou capaz quando estou lá. Eu adoro atacar. Não, é atacar como todos os laterais fazem", atirou.

Marcelo recordou o momento em que conquistou a primeira Liga dos Campeões da sua carreira, numa final, disputada em Lisboa no Estádio da Luz em 2014, onde até foi segunda escolha de Carlo Ancelotti. O técnico italiano tinha apostado na titularidade de Fábio Coentrão e… Marcelo não gostou.

"Quando nós chegamos à final da Champions League contra o Atlético de Madrid, o meu avô estava doente. Antes da final, eu tinha começado uma sequência de quatro jogos como titular. Eu estava pronto. Infelizmente, o técnico escolheu outro para jogar no meu lugar.  Fiquei muito triste no começo. Com um pouco de raiva. Mas, na minha mente, eu sabia que havia algo maior reservado para mim naquela noite. Eu sentei no banco e esperei. Quando nós estávamos perdendo por 1-0, eu esperei. Aos 45 minutos do segundo tempo, eu ainda estava à espera. Você pode imaginar o que estava se a passar na minha cabeça", recordou, ao mesmo tempo que avançava na história. 

"Então, aos 48 minutos do segundo tempo, o Sérgio Ramos salvou-nos da morte novamente. Eu não sei o que é que esse 'cara' tem. Acho que pode ser o cabelo. Quando o técnico chamou-me a mim e ao Isco no prolongamento, eu corri para o campo com muita raiva – mas um tipo de raiva boa para jogar. Eu queria conquistar. Eu queria deixar tudo no relvado. Na hora que eu marquei o golo do 3-1, eu acho que meu cérebro parou, de verdade. Eu pensei em tirar a minha camisola. Daí eu pensei de novo, eu não posso tirar a camisa, eu posso receber um cartão. Então eu fiquei sério. Daí eu comecei a chorar. Uma loucura", disparou. 

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