Mensagem clara: Este Benfica (já) não está para brincadeiras
Campeão nacional deixou para trás os maus resultados da pré-época e soma duas vitórias nos dois primeiros jogos oficiais de 2017/18. E, tal como frente ao Vitória de Guimarães, também diante do Sporting de Braga a dupla Jonas-Seferovic voltou a ser determinante.
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Desporto Análise
Após uma pré-época verdadeiramente para esquecer, com quatro derrotas em seis jogos, uma delas por expressivos 1-5 diante do Young Boys, o Benfica voltou, esta quarta-feira, a mostrar que os resultados negativos não passaram de dores de crescimento.
O campeão em título regressou à Luz – que recebeu mais de 58 mil espectadores – e bateu o Sporting de Braga, naquele que foi o primeiro jogo grande da edição 2017/18, por 3-1. O encontro esteve longe de ser perfeito, mas a mensagem é clara: este Benfica (já) não está para brincadeiras.
O bom…
19 golos em 96 jogos pelo Eintracht Frankfurt está longe de ser um bom cartão de visita para qualquer avançado. Mas Haris Seferovic mostrou, na sua estreia no estádio da Luz, que vale muito mais do que isso.
Inteligente sem bola e potente com ela, o internacional suíço foi um verdadeiro quebra-cabeças para a defesa arsenalista, ainda para mais quando combinava com Jonas. E foi precisamente desta parceria que surgiu o primeiro golo do jogo.
Já o segundo, partiu da pura genialidade de Jonas. Depois de uma bola mal afastada por Raúl Silva, o brasileiro, que tantas dificuldades físicas passou na temporada transata, puxou do ‘gatilho’ e, de primeira’ atirou sem hipóteses para Matheus.
Em dois jogos oficiais, o Benfica marca seis golos. Quatro deles da autoria desta dupla que promete dar muito que falar ao longo da época.
… o mau…
O triunfo do Benfica não oferece qualquer contestação, mas a defesa, embora satisfatória para o nível do campeonato nacional, oferece algumas dúvidas quando for testada em outros patamares, como a Liga dos Campeões.
Diante do Sporting de Braga, o trabalho não foi muito – os quatro remates arsenalistas em 90 minutos são disso ilustrativo, ainda que, para tal, tenha valido mais uma exibição portentosa de Ljubomir Fejsa – mas, sempre que surgiu, o setor mais recuado da equipa de Rui Vitória nunca foi capaz de responder da melhor maneira.
O golo arsenalista é um bom exemplo disso mesmo. Num passe de Ricardo Esgaio que, à partida, parecia perfeitamente controlável, Hassan surge disparado nas costas de Jardel e pica a bola sobre Bruno Varela.
É verdade que o golo não teve efeitos práticos, mas certamente que é uma situação que Rui Vitória preferiria evitar.
... e o 'Toto'
Salvio é, sem dúvida, o caso mais fascinante deste Benfica. Em 90 minutos, são raras as decisões tomadas que mereçam ‘selo de aprovação’. Aos 27 minutos, por exemplo, numa jogada de contra-ataque, tinha Franco Cervi solto do seu lado direito, mas optou por rematar (muito) por cima, o que lhe valeu, inclusive, alguns assobios das bancadas da Luz.
Mas a verdade é que, no momento certo, o argentino está lá. Aos 57 minutos, após os dois golos de Hassan (o primeiro antes do intervalo, validado. O segundo, depois dele, bem invalidado) que ameaçavam complicar a noite, apareceu na pequena área a encostar para o 3-1 final.
O momento tranquilizou os adeptos e desestabilizou o adversário. E as decisões erradas ficaram para trás.
Benfica | vs | Sporting de Braga |
52% | Posse de bola | 48% |
22% | Ataque perigoso | 18% |
45% | Ataque | 40% |
32% | Bola segura | 42% |
14 | Tentativas de golo | 4 |
9 | Remates à baliza | 3 |
5 | Remates fora | 1 |
6 | Cantos | 2 |
20 | Livres diretos | 14 |
1 | Foras de jogo | 2 |
2/0 | Cartões amarelos/vermelhos | 3/0 |
13 | Faltas | 18 |
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