Foi com apenas 16 anos que Rúben Vinagre deixou o Sporting rumando a França, ao Monaco. No emblema monegasco chegou a treinar com a equipa principal e, em 2016, voltou a Portugal para jogar na Académica. Contudo, o jovem lateral esquerdo não pôde ser inscrito devido à idade [17 anos, na altura] e regressou ao Monaco, em janeiro de 2017.

Agora é no Wolves que Rúben Vinagre vai tentar a sua afirmação como sénior. Como o próprio descreve, vai ser num campeonato muito disputado que espera aprender bastante, também sob as ordens de Nuno Espírito Santo e com a ajuda de toda a ‘armada’ portuguesa no clube que milita no segundo escalão do futebol inglês.

Como está a correr a adaptação ao Wolves?

“Está a correr muito bem, haver muitos portugueses facilita muito, mas todos os colegas me têm recebido bem”.

Como surgiu esta hipótese de ir para o clube inglês?

“Surgiu um interesse da parte do clube e eu gostei do desafio. As coisas seguiram e, neste momento, acho que é a melhor opção para mim. O Wolverhampton é um grande clube, com grandes jogadores, um grande treinador, muitos portugueses… o que ajudou muito”.

Por falar nos muitos jogadores portugueses no Wolves… Como explicas este fenómeno de tantos portugueses estarem a jogar aí?

“Acho que é bom para os portugueses. É bom para a equipa e é bom para o campeonato. Todos eles têm muita qualidade e por isso é que estão aqui. Não há muito para explicar, são contratações do clube”.

Como tem sido trabalhar com o Nuno Espírito Santo?

“Tem sido muito bom. Tenho aprendido muito com ele, apesar do pouco tempo. Estou a gostar e acho que vai ser uma época muito importante em que vou aprender bastante”.

Este foi o melhor passo então para a tua carreira?

“Na minha opinião sim. Eu acho que foi a melhor decisão que poderia ter tomado para a época que aí vem e para o meu futuro. Espero ajudar a equipa, somar muitos minutos, corresponder às pessoas que apostaram em mim. Espero também ajudar o Wolves a atingir o patamar desejado e também atingir os meus objetivos individuais, que é realizar o maior número de jogos possível e ser uma peça importante para a equipa”.

O ano passado disseste-nos que sair tão cedo do Sporting foi o passo acertado para a tua carreira. Neste momento manténs essa opinião?

“Sim. Continuo a achar que foi o melhor passo que dei. Sinto que estou a evoluir bem. O ano passado tive pouca sorte devido a lesões, mas de resto sinto que estou a evoluir bem. Agora, esta temporada vou atuar no Championship, um campeonato muito competitivo, com equipas muito boas, e acho que vai ser muito bom. Na altura [saída do Sporting para o Monaco], acho que dei o passo certo, e agora também acho que fiz o melhor para mim [empréstimo ao Wolves]”.

Este teu novo desafio é no Championship, um campeonato muito disputado, apesar de ser o segundo escalão do futebol inglês. Mas certamente sonhas um dia em chegar à Premier League…

“Claro que sim. A Premier League é o top do futebol e claro que é um objetivo que tenho para a minha carreira”.

Hoje em dia, vemos os jovens portugueses a afirmar-se nos grandes e a saírem muito cedo para os tubarões da Europa. Não achas que se tivesses ficado em Portugal mais uns anos, terias mais hipóteses de sobressair?

“Isso depende sempre de como as coisas fossem correr. Isto foi uma escolha e, na altura, a minha foi sair. E sinceramente, acho que foi a mais indicada. Se fosse hoje, voltaria a fazê-lo. Na minha situação, acho que tomei a melhor decisão para o meu futuro”.

Certamente tens um modelo a seguir no futebol. Podes-nos dizer quem?

“O modelo de jogador que sigo é o Cristiano Ronaldo. Na minha posição gosto muito do Marcelo, mas o meu modelo é o Ronaldo”.

Regressar a Portugal… Pensas nisso?

“Neste momento, não está nos meus planos regressar a Portugal. Se tudo como correr como idealizo… Talvez um dia volte, mas para já não está nos meus objetivos”.