São, porventura, os três nomes mais sonantes do atual panorama futebolístico mundial e, além de jogarem em Espanha e já terem sido nomeados para a Bola de Ouro, há algo mais que têm em comum: estão todos a contas com a Justiça espanhola.

No entanto, os casos de Cristiano Ronaldo, Lionel Messi e Neymar não são, de todo, iguais. O jornal espanhol As faz, esta quinta-feira, um apanhado a propósito daquilo que aproxima e distancia estes três dossiês.

Cristiano Ronaldo

A Agência Tributária espanhola abriu uma investigação ao internacional português devido a alegada fuga ao fisco entre os anos de 2011 e 2014, a propósito das receitas provenientes dos direitos de imagem.

Por ser estrangeiro, o avançado do Real Madrid apenas está obrigado a pagar, em Espanha, impostos por receitas provenientes de atividades realizadas naquele país. O problema estará, assim, na interpretação da lei, uma vez que o jogador pagou seis milhões de euros em impostos por anúncios transmitidos em Espanha, deixando de fora campanhas publicitárias que, apesar de terem sido gravadas no país, tenham sido direcionados para outros mercados.

Ao saber que estava a ser investigado, o avançado do Real Madrid contactou, voluntariamente, o fisco espanhol de forma a regular a sua situação.

Lionel Messi

Ao contrário de Cristiano Ronaldo, o argentino não só se recusou a colaborar com a Justiça, como depois de ser aberta a investigação, ainda terá criado, juntamente com o seu pai, uma sociedade no Panamá, com o intuito de continuar a ‘poupar’ no pagamento de impostos.

Uma vez que tem residência fiscal em Espanha, o avançado do Barcelona estaria obrigado a declarar todos os rendimentos provenientes dos direitos de imagem, independentemente do local onde foram realizadas as campanhas publicitárias.

Entre 2007 e 2009, Messi terá defraudado o Estado espanhol em 4,1 milhões de euros, razão pela qual, esta quarta-feira, o Supremo Tribunal de Espanha confirmou a sentença que o condena, juntamente com o seu pai, a 21 meses de prisão.

Neymar

O caso do internacional brasileiro difere, em muito, dos de Cristiano Ronaldo e Lionel Messi. Isto porque, ao contrário dos outros dois jogadores, a investigação tem a ver, não com direitos de imagem, mas sim com o valor pago pela sua transferência, em 2013.

O jogador e o Barcelona foram processados por fraude e corrupção, uma vez que uma parte da comissão cobrada pelo pai de Neymar aquando da transferência do Santos, representaria ordenados, que, assim, não seriam tributados.