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Quatro anos, quatro treinadores, zero títulos. E agora, FC Porto?

Mais um ano, mais uma seca de títulos. Depois de Luís Castro, Julen Lopetegui e José Peseiro, foi a vez de Nuno Espírito Santo deixar o Dragão sem colocar qualquer troféu na vitrina do FC Porto. Mas, afinal, o que precisa o clube de fazer para regressar aos triunfos e à glória dos últimos anos?

Quatro anos, quatro treinadores, zero títulos. E agora, FC Porto?
Notícias ao Minuto

08:36 - 24/05/17 por Ruben Valente

Desporto Análise

Depois de quatro anos sem conquistar o campeonato e estar sem vencer um título desde 2013 – o último troféu ganho foi a Supertaça, ainda pela mão de Paulo Fonseca – pode dizer-se que o FC Porto perdeu a hegemonia do futebol português.

Mas a falta de títulos está, inquestionavelmente, a fazer mossa no Dragão. Depois do atual técnico do Shakhtar Donestk, Luís Castro, Julen Lopetegui, José Peseiro e, agora, Nuno Espírito Santo foram vítimas da pressão de estarem obrigados a conquistar um título e acabaram por sair do comando técnico dos azuis e brancos.

Saída de Nuno Espírito Santo pode ser prejudicial?

Contudo, há quem não veja esta saída com bons olhos. Rui Quinta, ex-treinador adjunto do FC Porto, presente na conquista dos últimos títulos dos dragões, ainda antes da saída de Nuno, defendia a continuidade do técnico: “Sempre que se muda o paradigma, temos de ter noção de que é preciso determinado tempo para se chegar onde se quer. Se andarmos sempre com alterações, as coisas vão ser mais difíceis”.

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Mas, afinal, o que faltou ao FC Porto para alcançar o 1.º lugar?

Um treinador mais ousado, um treinador que transmitisse aos jogadores o que é o FC Porto. Não basta apenas dizer ‘somos Porto’. Um treinador que coloque a equipa a jogar sem medo”, defendeu Rodolfo Reis, antigo jogador dos dragões.

Líderes de balneário precisam-se

Por vezes, a falta de mística e de figuras chave no balneário é vista como um ponto essencial para a perda da hegemonia. No entanto, o ex-futebolista Chaínho acredita que não foi aí que residiu o principal problema.

“Os tempos mudaram e os mais jovens vão adquirindo isto [a cultura do clube] ao longo do tempo. Mas a mística de antes não vai existir mais. Não é a mística que falta ao FC Porto, faltam é resultados… falta ganhar. Não se pode empatar tanto e em casa é preciso ser mais audaz.”

Já Rodolfo Reis acredita que há raça que chegue nos jogadores do FC Porto, tal como demonstram André Silva, André André ou Felipe.

São jogadores que dão tudo em campo. Agora se conseguem transmitir isso aos colegas, é que já não sei. Que eles jogam com amor à camisola isso é notório. Como é o caso também do Felipe, que se for preciso morre em campo. Mas há ali jogadores que não servem para o FC Porto, não interessa agora justificar quem. Mas a mística antiga nunca mais vai existir, seja no FC Porto, no Benfica ou no Sporting. Isso acabou.”

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Planeamento da época: Gastar milhões ou apostar na prata da casa?

Nos últimos anos, o FC Porto tem feito investimentos avultados e resultados… nem vê-los. Em 2016/17, a SAD dos dragões gastou cerca de 35 milhões de euros e acabou por não conquistar nada.

O FC Porto com muito ou sem nenhum dinheiro investido, não se admite que o clube não tenha títulos. O FC Porto é das melhores equipas, portanto se não ganha títulos, acho que está tudo mal e não tem a ver com o investimento”, referiu Rodolfo Reis.

Com as recentes renovações, o FC Porto pareceu querer ter dado um sinal de estar mais atento ao desenvolvimento dos seus jovens. Mas será que, depois de um jejum de quatro anos, os azuis e brancos terão margem para apostar na qualidade que existe no Olival?

Chaínho é da opinião que, apesar do gasto de vários milhões, a presença na Europa minimizou os estragos.

“Investimento? São os riscos de estar no futebol. O FC Porto investiu sabendo que podia correr riscos, mas a entrada na Champions minimizou os estragos. Mas para o ano é preciso ganhar mesmo. Esta época foi frustrante.”

Fazendo o balanço, esta foi uma época negra para o FC Porto. A hegemonia do Benfica está a mexer com os dragões e a pressão de vencer poderá estar a precipitar a construção de uma equipa vencedora. Os alicerces que Nuno Espírito Santo construiu poderão vir abaixo com a chegada do novo treinador.

“O FC Porto construiu uma equipa, construiu uma ideia de jogo. E isso leva sempre algum tempo. Se olharmos para França, para o Monaco, a equipa levou três anos a levar este projeto para a frente e só agora foi campeã”, deu o exemplo Rui Quinta.

Será que o homem que se segue no leme dos dragões poderá, numa época, devolver os títulos ao FC Porto?

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